tag:blogger.com,1999:blog-58543203335402401702024-03-13T15:16:15.238-03:00simples de coraçãoassuntos particulares tratados abertamente.Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.comBlogger176125tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-63619012783104094822019-06-12T17:58:00.000-03:002019-06-12T17:58:02.364-03:00O destino e ela<br />
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Vai saber o que a vida nos reserva... Esse mistério pode ser tanto um consolo como um pesadelo...<br />
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Conheci você naquele café em que eu ia sempre que não dava tempo comer algo antes de sair de casa, porque eu estava atrasada para ir à aula. Era praxe passar ali, pedir um cappuccino e ir tomando enquanto corria com meus livros na mão para mais uma aula de francês.<br />
<br />
Naquele dia estava mais frio que o normal. Apesar de eu não ser uma pessoa que sente tanto frio assim, resolvi levar um casaco, mas a falta de costume me fez esquecê-lo em cima da mesa do estabelecimento. Só dei falta dele quando saí da aula e notei que realmente havia esfriado. Voltei esbaforida ao café e lá estava ele, no entanto, o que eu encontrei ali foi seu olhar para minha confusão e seu sorriso, que me esquentou mais do que qualquer casaco que já tive.<br />
<br />
Começamos a namorar naquele mesmo ano e parecia que durante toda a nossa vida havíamos construído repertórios para podermos dividir uma história juntos. Tudo fluía muito bem, sempre fomos muito parceiros. Entretanto, naquele dia em que estávamos na sua casa vimos que éramos grandes amigos, mas aparentemente nossas perspectivas de futuro haviam se desentrelaçado.<br />
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Diferentemente dos meus outros términos nós entendemos muito bem que ali havia acabado uma parte do nosso relacionamento. Em meio a beijos, lágrimas, risadas e abraços nós nos despedimos, mais uma vez fazendo acordos, como era nossa maior característica: continuaríamos sendo bons amigos, não nos afastaríamos e ficaríamos bem. Fui para casa anestesiada pelo que tinha acontecido, mas orgulhosa de termos conseguido ser companheiros até durante o fim.<br />
<br />
No decorrer da noite tive um sonho agitado e não consegui dormir bem. Acordei bem cedo e fiquei olhando para o teto, tentando entender o que faltava para que eu conseguisse fazer minha parte no acordo... Resolvi externalizar o que tinha acontecido, falar em voz alta muitas vezes me fez cair em si, então contei às minhas amigas que havíamos terminado, elas ficaram preocupadas, não entendiam como o destino tinha feito isso com a gente e eu falei “não foi ele, fomos nós”.<br />
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Escrevi uma mensagem na minha rede social favorita, em que compartilhei uma foto de uma das nossas viagens e contei como era grata por ter dividido a vida com você por cinco anos. As mensagens foram chegando, algumas admiradas pelo fim, outras surpresas com a decisão de me despedir também na internet e havia ainda quem apostasse na nossa volta. Por mais que eu me sentisse querida por todos aqueles amigos estava querendo mesmo era saber o que você sentia, porque algo dentro de mim se questionava sobre a decisão que havíamos tomado.<br />
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Você respondeu com outro post, uma foto engraçada, de quando havíamos acabado de nos conhecer. Nela você dizia que torcia por mim e que eu podia contar com você. Apesar de ser isso que esperava, confesso que naquele momento me questionei se saberia mesmo esperar algo de ti, se saberia ressignificar sua presença na minha vida. Pela primeira vez fui atingida por um forte choro e um sentimento de arrependimento. Eu não queria te deixar ir.<br />
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Durante aqueles dias eu tive a sorte de estar cercada de amigas, só assim consegui sobreviver sem meus fones que haviam ficado na sua casa. Eu e você nos falávamos com alguma frequência, conversando amenidades ou rindo de memes que escapavam entre nossos compartilhamentos. Ter você por perto era bom, mas ao mesmo tempo era repleto de dor e saudade, então, todos os dias, em algum momento, eu ficava mal e triste e parecia que aquilo não passaria mais.<br />
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O pior momento foi quando sua felicidade começou a me incomodar. Você não era a pessoa que compartilhava a vida online e passou a fazer isso com tanta frequência que na terapia eu cheguei a cogitar se boa parte do meu tempo não era dedicado a te acompanhar virtualmente. A dor crescia e parecia que, por mais que eu tentasse lembrar de como chegamos ao “término do bem”, nada adiantava.<br />
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Sofri uma intervenção das minhas amigas. Elas não me deixavam ficar em casa aos finais de semana e haviam me obrigado a reduzir o consumo das redes sociais. Seu nome era praticamente proibido dentro do grupo e eu virei a companheira ideal para todos os passeios, pois elas não me deixavam ficar “sozinha para sofrer”. No fundo, apesar de reclamar o tempo todo de ter minha individualidade roubada, foi muito importante ter uma rede de apoio.<br />
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Foi essa rede que me encorajou a buscar minhas coisas na sua casa. Por dias eu procurei uma forma de ir lá sem que você estivesse, mas achei que poderia configurar invasão de domicílio; pensei ainda em pedir a alguém para passar lá e pegá-las, mas aquilo não combinava com nosso estilo; então resolvi jogar o jogo do destino.<br />
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Combinei comigo mesma que se na manhã seguinte eu acordasse a tempo de tomar café em casa eu iria para o curso, adiaria em mais um dia o resgate dos meus pertences. No entanto, se eu acordasse atrasada eu iria tomar cappuccino, como naquele primeiro dia, e passaria na sua casa para buscar minhas coisas. Acreditei piamente que eu conseguiria ir à aula, porque não conseguia pregar o olho de tão ansiosa. Contudo, adormeci lá pelas cinco da manhã e acordei com duas horas de atraso do início da aula. O destino havia escolhido.<br />
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Não te avisei que iria, achei que poderia ter a sorte de te pegar fora de casa. Ainda bem que toquei a campainha e não fui entrando, porque lá estava você, sem camisa, aparentemente surpreso em me ver, talvez ocupado demais para notar quantas coisas minhas haviam espalhadas pela sua casa, porque não precisei procurar muito, elas estavam no mesmo lugar em que eu as havia deixado semanas atrás.<br />
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Juntei minhas coisas meio sem jeito, lutando contra o constrangimento do silêncio enquanto um turbilhão de pensamentos ecoava na minha cabeça. Você me acompanhou até o portão, como naquele dia do fim, e aquilo foi muito embaraçoso para mim. Subi rapidamente na minha bicicleta, coloquei a mochila na cesta e me despedi. Conectei meu fone no celular e coloquei uma <a href="https://www.youtube.com/watch?v=BFqL4FIasxA" target="_blank">música</a>, para que ela gritasse nos meus ouvidos enquanto eu me afastava com a velocidade que as lágrimas que corriam dos meus olhos permitiam.<br />
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Hoje eu sei que não importa o quão harmonioso é um final, ainda assim ele é o encerramento de algo que existiu. Tudo que prometemos um ao outro, até durante o fim continua vivo em mim, mas ainda assim, o que me faz levantar todos os dias é convencer-me que eu tenho que criar minhas próprias memórias e cumprir as promessas que faço a mim mesma. A mais recente delas é que vou ficar bem, porque ainda estou viva e não sei o que o destino me reserva, se será sorte ou revés.</div>
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Toda história tem dois lados. Esse é apenas a minha visão sobre esse nó que se desfez. Se você quer saber a versão dele clica <a href="https://acaciofilhoblog.blogspot.com/2019/06/um-fim-no-espelho-enquanto-acaba.html" target="_blank">aqui</a>.</div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-72954100394819712942018-05-30T02:47:00.000-03:002018-05-30T12:27:30.399-03:00Aproveitando a escalada<div style="text-align: justify;">
Faço terapia há cinco anos. Às vezes nem parece que faz todo esse tempo que eu tiro uma hora, das cento e sessenta e oito que uma semana tem, para ter um olhar cuidadoso sobre mim mesma. Matematicamente falando, isso não é lá <i>“grande coisa”</i>, mas tem feito um diferencial considerável na minha vida.</div>
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Durante todo esse tempo eu passei por diversos altos e baixos. Não apenas porque é <b>realmente complicado</b> esse processo de estar em terapia, reconhecer seus gatilhos ou ainda perceber que algo lá atrás é o responsável pelo seu comportamento atual, mas também porque <b><span style="color: #cc0000;">é assim a caminhada da nossa vida.</span></b> Durante o percurso que é estar vivo, ou sobreviver, dependendo da ótica, temos momentos de escaladas seguidos de caminhadas rumo ao cume com tranquilidade, bem como descidas íngremes em direção ao <i>“vale das bads”</i>.<br />
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Percebi que ao longo desses anos, sempre que eu pensava sobre aquele espaço, onde eu podia aprofundar mais e mais sobre quem eu sou, entender meus sentimentos e comportamentos - por vezes confusos -, sempre surgiam demandas carregadas de sentimentos ruins, “coisas que me incomodavam” durante a semana que se seguiu.<br />
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Não que isso seja um problema, afinal aquele lugar é um espaço de livre julgamento, onde a escuta ativa possibilita que o paciente encontre na sua própria fala elementos que ajudam a lidar com a situação. No entanto, <b>fiquei condicionada</b> a isso, a levar àquele espaço insatisfações. Sempre que acontecia uma coisa que me chateava durante a semana, eu já guardava aquilo para contar na terapia. Quando a semana não tinha nenhum problema digno de <i>Casos de Família</i> eu passava o caminho da ida, no ônibus, pensando sobre coisas que me incomodavam nas minhas relações ou o quanto eu me sentia confusa ou angustiada sobre algo, mesmo que não fosse aquilo que tirasse a minha quietude naquele momento.<br />
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Esse ano, ao dar início a mais um processo de análise comportamental, percebi que durante meus percursos de “descer a ladeira” eu estava compartilhando a rota somente com o terapeuta. Não vinha falando com meus amigos sobre minhas chateações, tanto por elas serem frequentes como por sentir que ninguém entendia realmente como eu me sentia, tendo apenas meu namorado no papel de ouvinte (o problema era quando a treta era com ele, pois não me restava saída a não ser esperar mais uma semana até a consulta psicológica, chegando a lidar sozinha com alguns conflitos durante os hiatos da clínica, torcendo para não acabar no <i>“vale das bads”</i>, afinal seria muito mais difícil sair de lá).<br />
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Tentando alterar esse comportamento, que não vinha trazendo benefícios, mas sem buscar mudanças que desrespeitassem a forma que eu me sentia quanto a escuta dos meus amigos, meu terapeuta me propôs a seguinte atividade:<b><span style="color: #cc0000;"> escrever</span></b>. No primeiro momento eu deveria planejar conversas que eu gostaria de ter com pessoas com quem eu dividi situações que me incomodaram. Para esse planejamento eu tentei ser mais empática, comigo e com a pessoa, o que era desafiador, afinal eu estava chateada.<br />
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Tracei os seguintes pontos: <i>Como me sinto em relação ao causo</i>; <i>Motivos que legitimam minha chateação</i>; <i>Exercendo a empatia</i>, onde eu tento ver o lado da pessoa na situação; <i>Coisas que quero abordar na conversa e como fazer isso assertivamente</i> e, por último, <i>Como eu estava me sentindo antes do exercício</i>, a fim de comparar como eu estava me sentindo antes da atividade e como me sinto ao concluí-la. Essa abordagem foi muito bacana, porque escrever libertou meus rancores e me ajudou a lidar de uma forma melhor com minha <b>impulsividade, característica que atrasa meu filtro e prejudica minha assertividade.</b><br />
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Apesar do caderninho do <b>Planejamento Psicológico</b>, como eu denominei esse método terapêutico, eu continuei com uns incômodos pertinentes, então meu terapeuta <i>(eu queira ser amiga dele)</i> me sugeriu um diário. Isso rolou na mesma semana que a Jout Jout (<i>também queria ser amiga dela</i>) lançou um <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Y9jbwpNOAOk" target="_blank">vídeo sobre ter um diário</a>, que não necessariamente precisa ser uma atividade diária, mas que você escreve a livre demanda.<br />
<br />
E assim nasceu meu diário. Para mim é uma experiência muito positiva, porque passei minha vida tendo agendas e gosto desses registros, mas também porque eu realmente me sinto melhor quando escrevo (chego a passar três horas escrevendo sem parar), foi por isso que criei esse blog, não é? Além disso, esse <b>“diário-não-diário”</b>, tira de mim a culpa de só escrever quando estou mal (não sei vocês, mas a bad é muito inspiradora para mim, os melhores textos que escrevi na vida foi quando eu estava triste ou chateada), quando eu estou feliz não sou tão produtiva nessa área. Também pesava o fato de eu estar sempre registrando meus momentos ruins, deixando parecer que minha vida era um apanhado de sofrimento. Isso acontecia porque <b>quando havia dias bons eu estava feliz demais para registrá-los</b>, então nada ou muito pouco sobre eles era escrito. Dessa forma, sem essa obrigação de historiar tudo, eu estava livre da culpa, que tanto me sufoca.<br />
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Passados diversos dias caminhando rumo ao vale, até encontrá-lo e ser engolida por ele, parecia até que eu tinha caído em uma cratera no vale, se e que isso era possível, e que eu era mais triste do que feliz. Nesse dia, em que eu chorei até ter dificuldade de formar frases, meu terapeuta me ajudou a refletir sobre a seguinte questão: <b>a nossa vida é cheia de altos e baixos, de dias felizes e dias tristes. Até os dias felizes tem momentos tristes ou chatos e até mesmo dos dias tristes é possível colher algo de positivo. <span style="color: #cc0000;">Nós não somos o problema, nós temos problemas, mas eles não nos definem.</span></b><br />
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Foi a partir dessa reflexão que eu me vi recomeçando os dias de escalada. Os últimos quinze dias, desde então, tem sido uma soma de dias bons. Dá até um medo, da queda a <i>la vídeo cassetadas</i> que o futuro prepara, mas <b>não posso deixar de subir</b> por conta disso, não é? Sei que é irresponsável dizer que isso foi o suficiente para que eu saísse do vale rumo ao cume. Uma série de fatores contribuiu para isso, como <i>um olhar mais empático sobre quem me cerca</i>; a<i> tentativa de ser assertiva nas minhas relações</i>, <i>uma rede de apoio</i> que fez eu querer enxergar o lado positivo da história e a leveza que cada dia de alegria traz.<br />
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Não vou mentir, tive dias de desânimo, dias que não acreditei na minha capacidade, dias que me sabotei... todas esses elementos que são protagonistas de dias ruins, entretanto, a cada vez que eu me sentia querendo descer essa montanha eu me obrigava a enxergar quais eram os elementos positivos que se escondiam nas pequenos cantos daquele caos. E não é que eu sempre encontrei?<br />
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Criar esse hábito, de procurar motivos para subir ao invés de descer a <i>“montanha da vida”</i> me possibilitou novas experiências nesses cinco anos de terapia. Semana passada foi a primeira vez que não chorei durante uma sessão e mais tarde, quando eu acordar e for para mais uma análise, eu não tenho faço ideia do que falar, porque aparentemente, eu consegui passar uma semana inteira sem ser uma pessoa triste, chateada, magoada ou conflituosa.<br />
<br />
Com certeza esse não é o melhor texto que escrevi na vida, mas é um dos raros que escrevo estando feliz. Que essa seja o marco de uma escrita motivada pelo bem-estar e felicidade.</div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-35742345799896509732017-11-14T00:45:00.000-03:002017-11-14T00:58:11.020-03:00Seja gentil com você mesma assim como é com as pessoas próximas #100detoxEDM<div style="text-align: justify;">
No dia 28/08/17 a página feminista <b><a href="https://www.facebook.com/empodereduasmulheres/" target="_blank">Empodere Duas Mulheres</a></b> lançou um desafio chamado 100 Dias do Detox (e intoxicação do amor). O objetivo desse desafio é priorizar coisas que nós podemos fazer por nós mesmas, de modo que ao nos desintoxicarmos das coisas negativas nós passássemos a direcionar a si mesmas mais amor e carinho. Uma campanha destinada ao amor próprio.</div>
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Inspirada nesse desafio resolvi tentar movimentar este blog, utilizando os temas dos desafios como inspiração para a reflexão. No perfil das meninas no Instagram (<a href="https://www.instagram.com/empodereduasmulheres/" target="_blank">@empodereduasmulheres</a>), é possível acompanhar diariamente os posts com várias questões (atualmente já foram feitas 77 postagens do desafio). Por aqui as coisas vão acontecer ao ritmo que precisam para serem processadas, ou seja vamos nos deliciar com dor e a delícia do nosso próprio movimento reflexivo.</div>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-Eu_BR9WLYHU/WgpgxlT_qII/AAAAAAAAEtI/njdmwPqo-zkXNNKBhmCtZOmUYfSvXHV6gCLcBGAs/s1600/1-100.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="595" data-original-width="593" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-Eu_BR9WLYHU/WgpgxlT_qII/AAAAAAAAEtI/njdmwPqo-zkXNNKBhmCtZOmUYfSvXHV6gCLcBGAs/s320/1-100.bmp" width="317" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div>
O primeiro dia do desafio traz a seguinte reflexão: Seja gentil com você mesma assim como você é com as pessoas próximas (1/100)</div>
</td></tr>
</tbody></table>
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<blockquote class="tr_bq">
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“Você já percebeu como é fácil identificar palavras ruins quando dizemos para outras pessoas, mas não prestamos atenção quando usamos palavras duras com nós mesmas? Se a sua amiga te contasse sobre um fracasso ou frustração, você seria dura com ela em um momento de sensibilidade? As palavras são muito poderosas! Quando pensar algo sobre si mesma e diga isso em voz alta - ou até mesmo escreva. Se não for bom, pare de pensar isso. Reverta para algo positivo. Se você não tem coragem de dizer coisas ruins para alguém, não diga a si mesma. Pense em coisas que te fazem bem, algo que gosta em si mesma ou que se orgulhe de ter feito hoje - que seja ter conseguido sair de casa, ou estar feliz por ter regado uma planta. Hoje eu vim andando para o trabalho e fiquei feliz com essa meta que me coloquei, porque me faz bem caminhar e olhar a paisagem escutando uma música que eu gosto. Não seja dura com você. Você tem que conviver 100% do seu dia consigo mesma, não faça disso um peso a si. Você merece carinho e cuidado - principalmente de você para si. Trate-se bem, assim como gostaria que os outros te tratassem.”</div>
</blockquote>
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Ser gentil consigo mesma é um processo de <i>autocuidado</i>. Nos ensinam a ser muito críticas e severas, a não cometer erros, a não demonstrar fraqueza ao reconhece-los, a buscar sempre mais. No entanto, este <i>“sempre mais”</i> vem repleto de responsabilidade que muitas vezes não podemos suportar. A partir do momento em que passamos a conhecer realmente a carga que suportamos diariamente carregar, através de um processo de <i>autoaceitação</i>, é que podemos dar espaço a <i>autoempatia</i>, a grande responsável por direcionar a si mesma seu olhar generoso.<br />
<br />
Durante muito tempo fui portadora de uma culpa enorme. Essa culpa sempre cresceu porque eu me desenvolvi em um espaço de muitas críticas. Cresci com elas ao meu redor e me moldei dentro do seguinte raciocínio:<i> "já que tenho uma autocritica severa, eu também posso criticar o que me incomoda no outro"</i>. Este pensamento, fruto de um comportamento defensivo, se mostrou eficaz por muito tempo, além de aparentar uma ideia de justiça que me posicionava em um local protegido em meio às minhas relações.<br />
<br />
Somente com um pouco mais de maturidade e ajuda psicológica eu pude perceber que apesar desta prática fazer <i>“todo sentido”</i>, ela não era a mais adequada. Reconhecer meus erros não me dá o direito de apontar as falhas do outro. E não há nada de seguro nisso, ao contrário, encontrei realmente conforto ao ser a pessoa que oferece colo, acolhimento, carinho, cuidado e atenção. <br />
<br />
Contudo, as coisas da nossa infância são bem difíceis de se desfazer e, vez ou outra, a <i>severidade da autocritica</i> acontecia, mesmo que fosse para cobrar o outro para ser também amparo emocional <strike>(o que gera uma outra reflexão que em breve referenciarei aqui).</strike> </div>
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Então, para não adotar um novo problema quando você acaba de <i>“se livrar”</i> do antigo, a questão é ser para si mesma aquilo que espera do outro. É ter paciência consigo mesma, é acolher seus sentimentos e a forma que você lida com eles. Ah, não esqueça de ter orgulho da pessoa que você tem se tornado, pois você passou por muita coisa para chegar até aqui e só você sabe como foi lutar cada uma dessas batalhas.<br />
<br />
E, se as coisas continuam te incomodando e você ainda tem dificuldade em lidar com tudo isso, <b><i>take easy!</i></b> <i>(pegue leve)</i>, tudo tem um tempo certo para acontecer - graças a Deus -, e as coisas não estão todas sob o nosso controle e responsabilidade. <b>Aceite quem você é, a gente só pode mudar quando paramos de tentar combater quem somos e começamos a lidar consigo mesmas.</b><br />
<br />
Qual a primeira prática que podemos adotar para começarmos a aceitar quem somos, sendo gentis conosco como procuramos ser com quem temos afeto? Vamos exercer o autocuidado? <b>É a forma como nos amamos que mostramos ao outro como eles devem nos amar.</b></div>
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Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-17866687587560956942017-04-21T02:23:00.000-03:002017-08-01T23:53:13.971-03:00sonhos, dreams, rêves, sueños, träume...<div style="text-align: justify;">
Quem me conhece sabe que todos os anos eu tenho uma agenda, onde costumo tentar organizar minha vida e documentar acontecimentos. Em 2014, para além da minha agenda, eu tive um CADERNO DE SONHOS E UTOPIAS, onde durante todo o ano eu listei desejos e tentei me lembrar de realizá-los, seja a longo ou curto prazo. A lista, com elementos repetidos, já que os desejos se repetiam, assim como as ansiedades, tem 316 itens. Resolvi dividir com vocês os 130 mais importantes, para ver se sonhando coletivamente a gente consegue realizar. </div>
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<blockquote class="tr_bq">
"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."</blockquote>
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<ol>
<li>Que as pessoas soubessem o que é feminismo e entendessem que não há uma analogia com o machismo.</li>
<li>Confiar na fidelidade das pessoas.</li>
<li>Não me importar tanto com o que "dizem" ou "deixam de dizer" as redes sociais.</li>
<li>Viajar mais.</li>
<li>Me importar menos com o que as pessoas acham. Viver menos de impressão.</li>
<li>Me envolver cada vez menos com machistas.</li>
<li>Ajudar as pessoas a entenderem que por mais que o machismo esteja enraizado na sociedade ele não é normal e nem é a única alternativa.</li>
<li>Que o sexo/sexualidade seja visto como algo normal e não como um tabu.</li>
<li>Que eu não me culpe/condene, por tudo que acho que vai errado, que eu perceba minha parcela de responsabilidade, mas que eu entenda que se as coisas dão/vão errado não é só minha incumbência, pois em uma relação a construção é feita a partir de trocas realizadas entre dois sujeitos envolvidos.</li>
<li>Para de mexer nas coisas alheias: ler coisas sem permissão, fuçar o indevido... isso só faz mal pra mim e desrespeita a pessoas que eu gosto.</li>
<li>Gozar mais.</li>
<li>Rezar mais.</li>
<li>Não "perder vida" com sofrimentos e angústias.</li>
<li>Não me sentir idiota, trouxa, burra, por acreditar.</li>
<li>Saber que ninguém morre de amor, mas que a gente não precise tá testando essa teoria.</li>
<li>Não querer ir embora/desistir quando as coisas ficarem ruins. Escolher ficar/resolver.</li>
<li>Não esquecer de se colocar no lugar de outro.</li>
<li>Dar amor na mesma proporção que quero receber e não necessariamente que recebo.</li>
<li>Tirar fotos nua e ser feliz com a imagem do meu corpo.</li>
<li>Não reproduzir o machismo.</li>
<li>Amar minha mãe e meu pai, mas não porque eles são meus pais, mas porque eles me amam, então eu devo reparar mais neles.</li>
<li>Eu posso ser feliz se eu não casar e nem tiver filhos. Eu não sou egoísta por isso, eu só escolhi.</li>
<li>Eu posso casar, ter filhos e ser feliz. Casamentos podem dar certo também.</li>
<li>Parar de machucar. Não usar isso como escudo para não ser machucada.</li>
<li>Ser menos pelega e menos militante só de internet.</li>
<li>Ter uma banheira.</li>
<li>Me permitir viver as experiências sexuais que tenho vontade. Sem barreiras, moralismo ou tabus.</li>
<li>Romper preconceitos. Dar chance às pessoas, ao desconhecido, ao que não me agrada de primeiro.</li>
<li>Procurar ver o lado positivo das pessoas.</li>
<li>Não ter medo de fazer planos.</li>
<li>Fazer uma tatuagem.</li>
<li>Me identificar com alguma atividade física e encontrar prazer em realiza-la.</li>
<li>Refletir mais sobre as experiências vividas durante o dia. Ter/exercer consciência.</li>
<li>Ter minha própria casa onde parentes sejam visitas.</li>
<li>Fazer o melhor que eu posso a cada dia.</li>
<li>Entender que as pessoas procuram maneiras diferentes de lidar com o sofrimento. Por mais que não faça sentido pra mim, eu tenho que respeitar isso.</li>
<li>Ser menos crítica comigo mesma, me aceitar como eu sou.</li>
<li>Ser menos egoísta, encontrar o equilíbrio entre pensar no outro e reconhecer minhas próprias necessidades.</li>
<li>Fazer as coisas até o fim, parar de desistir de tudo.</li>
<li>Não ter vergonha de estar apaixonada e de querer me declarar a cada meio minuto, afinal ninguém sabe o dia de amanhã.</li>
<li>Não depender financeiramente de ninguém.</li>
<li>Ser mais racional e menos impulsiva.</li>
<li>Não ter vergonha de me importar com pequenas coisas (isso não vai me fazer mais fraca), mas não dar importância demais a elas. Saber encontrar o ponto.</li>
<li>Entender que a amizade nunca permanece a mesma, que às vezes, o que nos uniu já não existe mais, que o tempo e as novas experiências transformam a gente em pessoas com visões diferentes daquelas que um dia nos aproximou. Compreender essa dinâmica é importante, assim como distinguir quais laços merecem nosso esforço para preserva-lo.</li>
<li>Não ser tão boca de sacola. Isso sempre me prejudicou ao longo da história e eu tenho que aprender com isso.</li>
<li>Relevar comentários idiotas e que só atrapalham. Tem gente que não sabe se expressar e parece que está sempre fazendo um "inferno".</li>
<li>Não ser orgulhosa, que só atrapalha a vida.</li>
<li>Ter humildade de ensinar e de aprender.</li>
<li>Não deixar que os outros ditem a forma que eu devo cuidar do meu corpo ou me arrumar.</li>
<li>Ser sincera, já que eu espero sinceridade.</li>
<li>Não cobrar amizade, amor, carinho de ninguém.</li>
<li>Não deixar que a liberdade do outro me incomode.</li>
<li>Pensar: "Como Jesus agiria?"</li>
<li>Tentar entender o outro, mesmo quando eu tô puta da vida.</li>
<li>Não engravidar antes de ter uma casa, um emprego e um amor.</li>
<li>Escrever carta a pessoas queridas e envia-las.</li>
<li>Não ser mais instável emocionalmente.</li>
<li>Expressar meus sentimentos de gratidão, felicidade e satisfação.</li>
<li>Perdoar todos aqueles que me ofenderam.</li>
<li>Ler os meus livros.</li>
<li>Não viver fingindo que os conflitos não aconteceram. Aprender a supera-los.</li>
<li>Aprender a lidar com as decepções.</li>
<li>Fazer orações diárias.</li>
<li>Lembrar que cada pessoa marca a gente de alguma forma. Recordar principalmente das que deixam boas marcas.</li>
<li>As pessoas falam ou deixam de falar por diversos motivos. Por mais que eu considere a minha forma de agir a mais certeira, é a história de cada indivíduo que explica a sua opção entre o falar e o calar, afinal, o silêncio também fala.</li>
<li>Relaxar de verdade. Soltar o que me prende; desistir do que não me faz bem; não reagir a provocações; deixar passar as situações estressantes; parar de buscar respostas; desgrudar de quem faz você sofrer; distensionar situações; desobstruir vias, veias, conexões; não controlar os outros; não jogar com sentimentos; não manipular opiniões; cair; abrir mão; oferecer; não resistir; repousar; não rejeitar; entregar-se; pacificar-se; serenar; acalmar; tranquilizar; amansar; liberar... morrer.</li>
<li>Não fazer as coisas só porque os outros querem, mas não deixar de fazê-las por rebeldia, fazer porque é o melhor para mim.</li>
<li>Tudo bem se eu não for confiante e autossuficiente. Só não posso ser dependente e pessimista sempre.</li>
<li>Me oferecer as pessoas como eu sou, porque eu me orgulho de quem eu sou. Eu não vou esconder tudo o que sou (sangue, sonhos, suor e lágrimas) para garantir que os outros se mantenham confortáveis em suas escolhas.</li>
<li>Controlar a chateação que vem das expectativas que colocamos nas pessoas. As pessoas são livres para atenderem suas próprias expectativas e não estão a serviço das nossas.</li>
<li>Não estamos acorrentados a nenhuma característica da nossa personalidade: insegurança, arrogância, chatice... somos LIVRES para criar novas formas de existir.</li>
<li>Distinguir quais pensamentos são frutos do cotidiano, do meu mundo egoísta, cheio de projeções de perspectivas e quais são autênticos, frutos das nossas reflexões.</li>
<li>Conseguir controlar meus sentimentos, afinal tenho gastrite nervosa.</li>
<li>Não se enganar, não aliviar sua própria dor com desculpas ou mentiras.</li>
<li>Ter menos ciúmes e não o alimentar.</li>
<li>Ser proativa.</li>
<li>Stalkear cada vez menos, até não stalkear mais.</li>
<li>Fazer sem esperar nada em troca.</li>
<li>Pensar na necessidade de falar certas coisas antes de pronuncia-las.</li>
<li>Buscar estar sempre em terapia.</li>
<li>Não deixar passar atos machistas quando eu estiver por perto.</li>
<li>Que eu tente mudar minhas atitudes e não as dos outros, mas que eu não deixe de incentiva-los.</li>
<li>Tentar entender por que eu me importo tanto com o fato das pessoas não gostarem de mim.</li>
<li>Viver mais "offline" e ver isso como qualidade de vida.</li>
<li>Perceber que eu não preciso estar sempre me protegendo.</li>
<li>Extinguir joguinhos amorosos.</li>
<li>Ter paciência com minha mãe.</li>
<li>Ser mais organizada e menos procrastinadora.</li>
<li>Dedicar um tempo para ficar com meus irmãos.</li>
<li>Cuidar da minha saúde, não deixar isso em segundo plano.</li>
<li>Ser mais presente na vida de quem eu amo.</li>
<li>Não deixar a preguiça ser a protagonista da minha vida.</li>
<li>Presentear-me mensalmente.</li>
<li>Rir das dificuldades.</li>
<li>Alimentar-me melhor.</li>
<li>Arrumar meu sorriso.</li>
<li>Cuidar da minha pele.</li>
<li>Que eu não cometa auto boicote.</li>
<li>Que eu reconheça os meus erros.</li>
<li>Saber que eu posso mudar de caminho, de ideia, o quanto eu julgar necessário.</li>
<li>Deixar o comodismo de lado e correr atrás de tudo o que eu quero.</li>
<li>Que a gente se encontre e se perca mil vezes, para depois reencontrar.</li>
<li>Chorar.</li>
<li>Sorrir.</li>
<li>Lamentar, porque eu tenho direito!</li>
<li>Celebrar tudo de bom.</li>
<li>Julgar menos.</li>
<li>Ter mais fé - em Deus, na vida, em mim, no próximo.</li>
<li>Enfrentar os obstáculos e dificuldades a vida.</li>
<li>Entender que nem sempre se obtém êxito e que não há mal nenhum nisso.</li>
<li>Ter coragem e persistência.</li>
<li>Dizer não no tempo certo e não o tempo todo.</li>
<li>Ter discernimento de escolher quais as batalhas que devo lutar.</li>
<li>Ter um ombro amigo e ser um ombro amigo para alguém.</li>
<li>Ficar perto de quem me quer e me faz bem.</li>
<li>Me afastar de quem me que e me faz mal.</li>
<li>Usar protetor solar.</li>
<li>Beber água regularmente.</li>
<li>Ter um sono de qualidade, mas não excessivo.</li>
<li>Não comparar minha vida com a dos outros.</li>
<li>Procurar ser uma boa pessoa na vida dos outros.</li>
<li>Não me exceder com frequência.</li>
<li>Não perder tempo sendo fofoqueira.</li>
<li>Não ser invejosa.</li>
<li>Fazer as pazes com o meu passado.</li>
<li>Escolher ser feliz e não ser chateada/abusada.</li>
<li>Aproveitar os momentos em família.</li>
<li>Não ser corrupta/desonesta.</li>
<li>Não guardar coisas que não uso/não quero. Não acumular.</li>
<li>Lembrar que tudo é finito.</li>
</ol>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Que a gente não duvide do poder das listas e que a utopia seja nosso combustível na estrada de buscar por ser e sentir-se melhor.</div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-68424247285181105042017-03-27T12:21:00.000-03:002017-03-27T12:25:08.706-03:00Mensagens Atemporais<div style="text-align: justify;">
Em 2012 eu li um livro chamado <a href="https://www.skoob.com.br/a-mulher-do-viajante-no-tempo-4959ed58945.html" target="_blank">A Mulher do Viajante no Tempo</a>, da autora americana Audrey Niffenegger. O livro trata do romance entre Henry e Clare, mas mais do que isso fala sobre viagem no tempo. <i>“Henry sofre de um distúrbio genético raro. Seu relógio biológico dá uma guinada para frente ou para trás e ele então é capaz de viajar no tempo. As viagens são causadas por acontecimentos estressantes, os deslocamentos são imprevisíveis e Henry é incapaz de controlá-los. Neste livro, a autora mostra com muita sensibilidade, inteligência e bom humor que o verdadeiro amor é capaz de transpor todas as barreiras - inclusive a mais implacável de todas: o tempo.”</i>.<br />
<br />
Esse livro se tornou um dos meus favoritos e a temática de “viagem no tempo” se tornou uma das minhas categorias prediletas no que se refere a leitura. Mesmo que os personagens não sejam viajantes no tempo, como o Henry, muito me agrada quando o autor transita entre o presente e passado como acontece, por exemplo, em <a href="https://www.skoob.com.br/livro/141413ED218981" target="_blank">Um Dia</a>, do autor britânico David Nicholls.<br />
<br />
Percebi que desde então passei a acreditar na <a href="https://zap.aeiou.pt/nova-teoria-tempo-passado-presente-futuro-existem-simultaneo-57106" target="_blank">teoria</a> que diz que o passado, o presente e o futuro são simultâneos. Eu não sou a única pessoa que pensa assim. Esta ideia é defendida por Bradford Skow, professor de filosofia no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que considera que a ideia de que o tempo flui como um rio não é correta.<br />
<br />
Infelizmente eu não tenho conhecimento suficiente para defender essa teoria, também não sou ingênua o suficiente para acreditar que como Henry outras pessoas tenham esse distúrbio genético tão raro ou sejam tão rápidas quanto o Flash para transitar entre o passado, o presente e o futuro. No entanto, creio que por termos conhecimento disto no futuro e devido a simultaneidade do tempo, nós, de alguma forma, sabemos disso hoje.<br />
<br />
Como não podemos interferir no curso do tempo, por saber que alterações ocorridas em qualquer das épocas altera o nosso destino (vejam o filme <a href="https://www.youtube.com/watch?v=fPHZDVABCLo&t=61s" target="_blank">Os Agentes do Destino</a>, é muito bom!), nós arrumamos uma maneira de burlar o sistema do tempo sem maiores alterações. Isso se dá pelas anotações, fotos, lembranças que guardamos de terminados períodos.<br />
<br />
Sempre gostei de escrever mensagens a mim mesma que transpusessem a barreira do tempo, escrevia do meu eu de hoje para o meu eu de daqui a um mês ou daqui a um ano. Incrivelmente essas coisas sempre funcionavam, essas mensagens me faziam sentir melhor ou me davam uma perspectiva de que a mudança sempre vem, independente da fase em que estamos.<br />
<br />
Sou a pessoa, dentre os meus amigos, que mais tem diários/agendas, que mais revisa fotos antigas, acho que estou sempre buscando me conectar com o meu eu de outro espaço temporal simultâneo.<br />
<br />
De forma carinhosa eu tentei fazer o mesmo com alguém especial, <a href="http://www.namoradacriativa.com/2014/12/cartas-abra-quando-30-tags-para-os-envelopes.html" target="_blank">escrevendo mensagens atemporais que deveriam ser abertas em determinados momentos</a>, mas que não impediriam de elas serem relidas sempre que necessário. Não sei se a pessoa chegou a abrir todas as mensagens ou se todas as horas de se ler as mensagens já se sucederam, mas confesso que criei uma expectativa sobre isso, afinal, apesar de ter escrito algo para um terceiro, o meu eu, do momento em que a mensagem é aberta, também é atingido pelas palavras que por mim foram escritas em outro tempo, em outra circunstância.<br />
<br />
Hoje eu estava me sentindo meio cabisbaixa e achando que sozinha eu não conseguiria mudar tal condição. Um amigo me aconselhou ouvir músicas que trouxessem sentimentos bons, então, abrindo a sessão <a href="http://www.tribunapr.com.br/arquivo/inovacao/facebook-lanca-recurso-neste-dia-que-permite-fazer-uma-viagem-no-tempo/" target="_blank">Neste Dia</a>, do Facebook, eu encontrei diversas opções deixadas por mim mesma para o meu eu de hoje. Sem dúvidas, a mensagem escolhida pra Jéssica de 2017 foi deixada pela Jéssica de 2011, com a canção <a href="https://www.youtube.com/watch?v=PriyO7Fzbqk" target="_blank">Muita Calma Nessa Hora</a>, do Leoni.<br />
<br />
Achei que a mensagem me serviu muito, afinal costumo tomar decisões baseadas em impulso e tenho pelo menos desejado fazer diferente. Muita calma nessa hora, há um milhão de você passando por várias situações adversas simultaneamente, se você se concentrar bem, você pode se conectar com o(s) seu(s) outro(s) eu(s) e resolver duas questões com uma mensagem só.</div>
<div style="margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;">
</div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-25214770449864474942015-01-23T01:41:00.003-03:002017-01-23T19:51:20.050-03:00Astros<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2fxrO7uc3azUGnAmgMdUbKBKUc-r1L4CEor0Va3gSX6KEoo9Gr2vpjdIAQVqbNWiSPtblxWbttiOfX4ObO_tuNOZ4IW36rOU03qzH1QaHSMIEnn2GJurw4znUYKVwUPcK1q4Zbk8-Yc-L/s1600/121231122105_cometa_ison_512x288_bbc.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2fxrO7uc3azUGnAmgMdUbKBKUc-r1L4CEor0Va3gSX6KEoo9Gr2vpjdIAQVqbNWiSPtblxWbttiOfX4ObO_tuNOZ4IW36rOU03qzH1QaHSMIEnn2GJurw4znUYKVwUPcK1q4Zbk8-Yc-L/s1600/121231122105_cometa_ison_512x288_bbc.jpg" width="320" /></a>Há alguns anos-luz percebi que eu não precisaria ser Satélite de ninguém para ser querida, aceita ou respeitada, dessa forma, eu me tornei uma pessoa mais independente. Todos os corpos celestes concordam que é interessante ter Satélites, mas os misteriosos Cometas compõem um grupo particularmente instigante. Então, por ter um gosto inclinado a desviar-se da normalidade do universo e por acreditar que a luz do Sol me bastava me tornei um Cometa. A princípio a intenção foi fugir do senso comum, depois enxerguei a possibilidade de explorar as regiões do cosmo sem compromissos e escapar das órbitas pré-definidas.<br />
<br />
Isso beneficiou muito minhas relações. Eu conseguia ser uma boa companhia sem ser grudenta, eu frustrava os astros egocêntricos, mas implantava neles a reflexão de que é natural gostarmos de ser Planetas, ter Satélites, sejam naturais ou superficiais, ao seu redor, ou ainda ter um Sol, contudo, consegui mostrar a eles que as relações são mais trocas do que só movimentos de rotação e/ou translação.<br />
<br />
Vivi de lá para cá, pensando, analisando, sendo eu mesma e construindo relações baseadas na responsabilidade do contato. Tendo como filosofia de vida <i>"tu se tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"</i> e sendo consciente de que quanto mais eu cativasse, mais <i>“</i>presa<i>”</i> eu estaria àqueles astros, então evitava ao máximo colisões que entrassem para a história da astronomia, priorizando passagens rápidas, onde minha cauda iluminava o local. Não vou mentir, algumas vezes me ocorreu a vontade de ter uma rota fixa e previsível, mas os movimentos da vida, esse gigantesco sistema solar, me fizeram um Cometa e a cada ano-luz eu gostava mais de mim.<br />
<br />
No entanto, em uma de minhas rotas descomprometidas enxerguei um Planetinha, que chamou minha atenção pela quantidade de Satélites que tinha ao seu redor. Apesar de muitos nenhum deles era tão iluminado quanto esse corpo gelado que vos fala. O Planeta se encantou por mim e vivemos o caso de amor mais lindo do Universo.<br />
<br />
O problema é que o Planeta, sempre acostumado a ter astros ao seu redor, não conseguia entender como o único contato que teria comigo seria em forma de colisão. Nos primeiros meses, foi assustador, afinal como desejar tanto um encontro se toda vez que ele acontece deixa marcas permanentes nos dois?<br />
<br />
O Planeta aprendeu a enxergar suas crateras, não as temer e ainda as lhe admirar. Por sua vez, entendi que mesmo que eu me desfizesse a cada contato, os choques ainda valiam a pena, já que uma parte de mim ficava no Planeta e, dessa forma, nossos corpos eram alterados a cada encontro.<br />
<br />
No entanto, notei que o Planeta começou a fazer um movimento em torno de um Sol, tal deslocamento ainda desconhecido (ou despercebido) por mim. Senti um medo tremendo! Medo das nossas rotas não se cruzarem, medo dessa locomoção não permitir o contato, medo de ser só mais um astro que vaga enquanto as estações do Planeta estão se definindo...<br />
<br />
O Planeta me assegurou que isso era normal, acontecia anualmente com mais frequência do que eu poderia imaginar, garantiu ainda que isso não iria afetar em nada as nossas colisões. Mesmo assim eu fiquei receosa, principalmente ao perceber que não era do meu feitio sentir falta, especialmente de um simples Planeta, afinal, como um Cometa, eu vinha percorrendo todos os espaços possíveis na galáxia.<br />
<br />
Foi aí que me ocorreu o seguinte pensamento:<i> “quanto mais em volta deste Planeta eu transitar, mais me tornarei um Satélite, daqueles sem graça, que existiam aos milhões sem uma iluminação descente ao redor do Planeta”</i>. Diante disso, eu resolvi andar. Passei a procurar poeira lunar, conheci os anéis de Saturno, senti o calor do Sol por conta própria e explorei o espaço sideral.<br />
<br />
Lá no lugar dele o Planeta sentia a falta daquele ser viajante e não entendia o porquê de as trajetórias percorridas terem se tornado tão longas, se o Cometa sabia que ele continuava o mesmo astro, no mesmo lugar.<br />
<br />
Em uma das minhas viagens resolvi ver como as estações estavam ocorrendo por aquele Planeta tão querido. Ao entrar em sua órbita avistei um Planeta frio e sozinho. Chocando-me com ele eu perguntei:<i> "Qual o problema? Onde estão suas voltas em torno do Sol?!”</i>. O Planeta me explicou: <i>"Não há Sol que esquente da mesma forma que a sua cauda faz ao cruzar a atmosfera.”</i>.<br />
<br />
Não há nada mais carente do que um Cometa que precisa se chocar por aí e não há nada mais emocionante para um Planeta do que um acontecimento que altere seu<i> status quo</i>. O encontro dos dois é uma coisa mágica, todas pessoas do mundo param para ver.</div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-88784465664165902172014-11-12T23:29:00.000-03:002014-11-12T23:41:52.174-03:00Nada mais do que datas<div style="text-align: justify;">
"– Pra que servem as datas?</div>
<div style="text-align: justify;">
– Para nada.</div>
<div style="text-align: justify;">
– E por que as pessoas insistem em guarda-las na memória?</div>
<div style="text-align: justify;">
– Seres humanos são idiotas, eles são os melhores do universo em cultivar as próprias decepções. É bom que você aprenda isso desde cedo."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde o começo eu sabia que essas coisas poderiam acontecer. Porque a vida é muito dinâmica pra você guardar um dia todo mês. Já tem que lembrar da data de aniversário da mãe, do pai, dos irmãos. Tem que lembrar o dia do seu próprio aniversário! Como se não bastasse, tem que lembrar a data do aniversário das pessoas que você gosta: amigos, parentes, romances... Entretanto, mesmo assim a gente se liga em datas como: o primeiro beijo, o pedido de namoro, a primeira vez... Depois vem dia do noivado, dia do casamento, nascimento dos filhos, etc, etc, etc...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O mais comum deveria ser se a gente só ficasse feliz de lembrar que fazem "<i>x</i>" anos do acontecimento "<i>y</i>". Que nos satisfizessemos com as lembranças que temos daquela data. Contudo, não é assim que acontece.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Temos o costume de amanhecer o tal dia "<i>x</i>" esperando que o outro também esteja esperando algo desse dia. Ficamos frustradas quando esquecem nosso aniversário, fazemos birra se ele não lembra do ano de namoro e ele dorme no sofá se esquecer o dia do casamento!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E por que isso acontece?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sinceramente, eu não sei. Mas tenho algumas suspeitas.</div>
<div style="text-align: justify;">
1. Trata-se de mais uma vaidade do ego. Precisamos de alguém que fale o que desejamos ouvir. Que aquela noite foi especial, que aquele acontecimento foi marcante, que você é única no meio dessas 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta;</div>
<div style="text-align: justify;">
2. É só mais uma ilusão saudosista que tenta reviver os mesmos sentimento que existiram em "<i>x</i>" .</div>
<div style="text-align: justify;">
Faz parte da eterna insatisfação humana.</div>
<div style="text-align: justify;">
3. Somos egoístas. Assim como na primeira hipótese, nós pensamos que queremos dividir algo com o outro, mas não, queremos que ele queiria nos agradar. Precisamos estar no centro do pensamento do outro, das lembranças do outro, do presente do outro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No meu caso, foi um pouco dos três. É claro que eu estava bem intencionada. Lembrei dos 16 meses assim que datei a primeira folha de hoje, todavia, já muito pronta pra fugir desse mimimi, não falei nada. Eu não queria que datas fossem importantes, lembra? Depois listei mentalmente as outras datas importantes do mês. 14/11, 23/11... e me convenci que se ele lembrasse da ultima, tava tudo OK.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O ruim mesmo foi passar o dia tão longe. Ver de relance e trocar uns "eu te amo" enrolados, falar rápido demais no telefone, falar no whatsapp até se chatear...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois disso, de quando sua consciência já ta cansada, quando você já ficou com ciume do dia dele ter sido tao cheio que ele nem teve tempo de te mandar um oi (mesmo tendo te ligado, numa ligação que a essa altura você vai achar o defeito), você começa a maquinar sobre o desleixo dele com vocês, com a relação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez ele nem seja tão vilão assim, mas foi assim que nos ensinaram, não foi? Que tem um certo e um errado. Que provavelmente você é a certa. Aí você aceita a carapuça de moça apaixonada que não é valorizada e começa o mimimi. Ele não lembra de nada, ele não se importa com nada, ele nem sabia que dia era hoje, ele não me ama.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não. Não sejamos assim. Nós somos as únicas responsáveis pelas expectativas que colocamos na vida. As pessoas já têm os seus próprios forninhos pra segurar e, principalmente por ama-las, nós temos que engolir o mimimi, erguer a cabeça e, mais uma vez recordar tudo de bom que se passou de "<i>x</i>" até aqui. Além de, dar mais uma chance pro caboco: "mas se ele esquecer meu aniversário, ele vai se ver comigo!". </div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-43579540229346498422014-08-20T19:18:00.003-03:002014-08-20T19:18:38.528-03:00tpm<div class="tr_bq">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A <a href="http://instagram.com/blogruthmanus" target="_blank">Ruth Manus</a> escreve pro Estadão semanalmente às quartas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela sempre tem um texto que te faz parar e pensar na sua vida, nos nossos comportamentos, relacionamentos e etc.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O texto dessa semana se chama <a href="http://blogs.estadao.com.br/ruth-manus" target="_blank">Cartas para mim mesma em dias de TPM</a> e diz mais ou menos assim:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Lembro-me daquele<a href="https://www.youtube.com/watch?v=Oq_4rhxICNk" target="_blank"> filme </a>com a Drew Barrymore, em que, por causa de um acidente, ela perdia a memória toda noite e acordava sem entender nada. O marido fez, então, um vídeo para ela com o resumo do que tinha acontecido desde o acidente: a perda da memória, o casamento deles, a filha que eles tiveram… Então ela assiste, se emociona, se situa e começa o dia bem.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Acho que em dias de TPM cruel é assim que ficamos. Desnorteadas, sem lembrar direito quem somos, tomadas por essa súbita sensação de que está tudo super errado. Foi com base nessa ideia que escrevi uma pequena carta para ler nessas manhãs em que beiramos o desespero e a total falta de bom senso, visando nosso bem estar e a sobrevivência digna dos coitados que nos cercam nessas horas. </div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Será que pode adiantar alguma coisa? Pelo bem de nossos corações e pelo bem da humanidade, tentemos.</div>
</blockquote>
<br />
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
“Bom dia, linda. </div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Linda, isso mesmo. Você é linda, pra começo de conversa, apesar do inchaço, <b>das espinhas e das olheiras</b>.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
E o dia vai ser bom sim, por mais que não pareça. Está tudo ok, gatinha, sem neurose.</div>
</blockquote>
<br />
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Eu sei que seus pés estão parecendo bisnaguinhas, <b>seus seios estão super doloridos</b> <b>e seu apetite totalmente alterado. </b></div>
</blockquote>
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<div style="text-align: justify;">
Eu sei que você está tomada por uma <b>irritação monstruosa </b>e está tentando se controlar para não jogar um copo (ou uma pessoa) contra a parede. </div>
</blockquote>
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<div style="text-align: justify;">
Eu sei que bate uma vontade de chorar a cada 10 minutos, que <b>parece que o mundo te virou as costas e tudo está indo de mal a pior</b>. </div>
</blockquote>
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<div style="text-align: justify;">
Eu sei que você olha para o espelho e vê um misto de Shrek, Vandinha Addams e Alf, o ETeimoso. </div>
</blockquote>
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<div style="text-align: justify;">
Eu sei que você provavelmente quer se vestir de preto dos pés à cabeça, porque é o mais perto que você consegue chegar de uma burca. </div>
</blockquote>
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<div style="text-align: justify;">
Eu sei que você se culpa por todos os problemas do mundo. Pelas crianças famintas na África, pelo aquecimento global e pela ameaça de extinção do mico leão dourado. </div>
</blockquote>
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<div style="text-align: justify;">
E o pior: que<b> você se culpa por não conseguir domar minimamente suas emoções</b>.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
</div>
</blockquote>
<br />
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<div style="text-align: justify;">
Escuta, linda. </div>
</blockquote>
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<div style="text-align: justify;">
Shit happens. Não se culpe não.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Vamos tentar pegar leve. </div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Sei que se eu te disser pra ir correr no parque, tomar um suco verde e fazer uma drenagem, você me mata. </div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<b>Sei que você quer cama, edredom, panela de brigadeiro e controle remoto.</b></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Mas vamos tentar não nos afundar muito, tá? Um suco de maracujá vai ajudar. Uma amiga por perto também.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Beba bastante água, você precisa desinchar. E, sério, não caia na cilada de achar que o café e o álcool vão ajudar. Não vão, você sabe disso.</div>
</blockquote>
<br />
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<div style="text-align: justify;">
<b>Não discuta relação hoje. Não pense sobre o futuro da sua carreira. Não critique seus pais. </b>Aguarde 2 dias para tudo isso.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Não assista Meu Primeiro Amor. Nem Bambi. Nem Ghost. Nem Titanic. Muito menos O Menino do Pijama Listrado.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Não ouça a Adriana Calcanhotto arranhando os seus discos. Nem a Whitney Houston gritando que vai amá-lo para sempre. Nem o Djavan desaguando no oceano. Muito menos aquela música da Carolina Dieckmann raspando o cabelo na novela.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
</blockquote>
<br />
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Evite cartas antigas.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Evite exageros.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Evite o cartão de crédito.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Evite seu ex.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Evite mudar o visual.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Evite o saleiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
</blockquote>
<br />
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Mas se quiser chorar, chore. De preferência no banheiro, para não ter que se explicar. E se alguém perguntar por que você está com essa cara deformada, diga que é alergia a pólen.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Se estiver com muita raiva, grite no carro ou com a cara no travesseiro. Dê uns socos no colchão. <b>Mas não faça malcriação para as pessoas queridas.</b> Nem grosseria com o seu chefe ou com o seu estagiário.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
E não use a TPM como desculpa para fazer o que bem entender. Nem para fazer o que geralmente não tem coragem. TPM não é salvo conduto para fazer coisa errada. Você está desequilibrada, mas não se tornou uma inimputável.</div>
</blockquote>
<br />
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Mas a verdade é que a TPM existe.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
E a gente sofre, por mais que muitos digam que é exagero.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
(e por mais que muitas, de fato, exagerem.)</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Então cuide de você, menina. Se faça carinhos.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Um banho gostoso no escuro (sem demorar muito, especialmente se você morar em SP), com uma musiquinha inofensiva, tipo Aretha Franklin cantando <a href="https://www.youtube.com/watch?v=KtBbyglq37E" target="_blank">I Say a Little Prayer</a>.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Se dê uma boa noite de sono. Vá pra cama mais cedo, com aquela camisola mais gostosa do mundo, meião esticado e 4 travesseiros.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<b>Abrace as pessoas amadas, que não vão te julgar se você der uma choradinha sem sentido e começar a balbuciar coisas ininteligíveis. </b></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Assista O Diário de Bridget Jones. Impossível não se sentir melhor.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Leia umas páginas de Cora Coralina. Uns versos de Vinícius. Umas crônicas do Veríssimo.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
</blockquote>
<br />
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Não se inquiete tanto.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Não se autoflagele.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Não se puna.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Não se culpe.</div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Não se estrague.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
</blockquote>
<br />
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
E, acima de tudo, <b>lembre-se, gatinha: você está enxergando tudo 3 vezes maior do que é: seus problemas, suas dúvidas e principalmente os seus quadris.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
</blockquote>
<br />
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Vamos lá, bonita! Bom dia! Em alguma medida, te juro que está tudo bem! ♥”</div>
</blockquote>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-89732104811465270112014-08-17T12:45:00.000-03:002014-08-17T12:45:19.273-03:00sobre egoísmo, velórios e amor.<div style="text-align: justify;">
Somos muito egoístas. A gente faz as coisas mais pela gente do que pelo outro. Todo mundo é assim.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por exemplo, a minha avó fala que temos que ir a enterros, pois se não nos lembramos de ninguém não seremos lembrados. Mas, para mim, a hora de fazer isso não é no velório, é durante toda a vida. Ainda assim, nós vamos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Porque quando vamos a um velório estamos enterrando um pouco de nós mesmos, um pouco da nossa vida aos olhos daquela pessoa que já se foi. Também vamos à velórios para mostrar a quem continua vivo que a ele ou ela não está sozinho, que aquele que morreu só existe agora dentro de nós, que continuamos vivos, de forma singular.</div>
<div style="text-align: justify;">
A única maneira que encontro para fugir do egoísmo é amando. Mas amando de uma forma altruísta, o que é muito difícil, já que até no amor estamos mais preocupados em ser amados, em ter nosso sentimento correspondido à altura.</div>
<div style="text-align: justify;">
Para vencer o egoísmo temos que amar. Amar a liberdade do outro, amar até o egoísmo do outro. Simplesmente amar.</div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-69265194637744636732014-01-25T13:01:00.003-03:002014-01-25T13:01:59.100-03:00Receita de Amor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data3.whicdn.com/images/71613139/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data3.whicdn.com/images/71613139/large.jpg" height="626" width="640" /></a></div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-4746877278857018322014-01-15T22:12:00.000-03:002014-01-25T13:16:49.871-03:00É proibido<span style="font-size: large;">É Proibido... </span><br />
<div>
Chorar sem aprender. </div>
<div>
Levantar-se um dia sem saber o que fazer. </div>
<div>
Ter medo de suas lembranças. </div>
<div>
Não rir dos problemas. </div>
<div>
Não lutar pelo que se quer. </div>
<div>
Abandonar tudo por medo. </div>
<div>
Não transformar sonhos em realidade. </div>
<div>
Não demonstrar amor. </div>
<div>
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau humor.</div>
<div>
<span style="font-size: large;">É Proibido...</span> </div>
<div>
Deixar os amigos e só chamá-los somente quando necessita deles.</div>
<div>
Não ser você mesmo diante das pessoas. </div>
<div>
Fingir que elas não te importam. </div>
<div>
Ser gentil só para que se lembrem de você. </div>
<div>
Esquecer aqueles que gostam de você. </div>
<div>
Não fazer as coisas por si mesmo. </div>
<div>
Ter medo da vida e de seus compromissos. </div>
<div>
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.<br />
<span style="font-size: large;">É Proibido...</span> </div>
<div>
Sentir saudades de alguém sem se alegrar. </div>
<div>
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram. </div>
<div>
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente. </div>
<div>
Não tentar compreender as pessoas. </div>
<div>
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte. </div>
<div>
Deixar de dar graças a Deus por sua vida. </div>
<div>
Não ter um momento para quem necessita de você. </div>
<div>
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.<br />
É Proibido... não buscar a felicidade. </div>
<div>
Não viver sua vida com uma atitude positiva. </div>
<div>
Não pensar que podemos ser melhores...</div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i><b>Pablo Neruda</b></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<a href="http://data2.whicdn.com/images/95308220/large.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://data2.whicdn.com/images/95308220/large.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<i><b><br /></b></i></div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-79424791091788644022013-08-02T00:15:00.000-03:002014-01-25T13:17:16.409-03:00<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b>Tom:</b> - Preciso perguntar algo.<br />
<div>
<a href="http://data.whicdn.com/images/70172736/large.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://data.whicdn.com/images/70172736/large.jpg" height="260" width="320" /></a><b>Summer:</b> - O quê?</div>
<div>
<b>Tom: </b>- O que estamos... O que estamos fazendo?</div>
<div>
<b>Summer:</b> - Indo ao cinema.</div>
<div>
<b>Tom:</b> - Não... Quero dizer... O que está acontecendo entre nós?</div>
<div>
<b>Summer:</b> - Não sei. Quem liga? Estou feliz, você não?</div>
<div>
<b>Tom:</b> - Estou.</div>
<div>
<b>Summer:</b> - Que bom.</div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br />
<br />
<br />
500 Days of Summer ou 500 Dias com Ela,</div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-size: x-small;">mas podia ser eu e você.</span></i></div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-51382510161604314602013-07-16T20:29:00.001-03:002014-01-25T13:17:46.586-03:00Por que que a gente é assim?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/68510153/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data.whicdn.com/images/68510153/large.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>"Canibais de nós mesmos</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Antes que a terra nos coma</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Cem gramas, sem dramas</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Por que quê a gente é assim?"</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
Não mãe, eu não tô usando drogas, eu só tô pensando.<br />
Eu penso muito. Demais. Todo tempo. Eu procuro sempre arrumar uma explicação para o que eu faço, eu sinto, eu sou. Eu preciso disso pra me conhecer melhor.<br />
Mas às vezes o pensamento me carrega pra regiões que eu ainda não estou pronta pra explorar e esse desconhecido, essa angústia tão conhecida, me afoga.<br />
Eu me afogo no meu próprio pensar. Sozinha eu e consigo ser feliz, satisfeita, amorosa e até apaixonada, mas também sozinha transformo dia agradável em um dia melancólico, difícil, indecifrável.<br />
Talvez, se eu não pensasse as coisas fossem mais simples. Qual o problema de se render ao eterno "deixar para lá"?<br />
Não...</div>
<div style="text-align: justify;">
Comigo não. Já existem coisas mal resolvidas e deixadas de lado na minha vida, se eu fizer isso com os meus pensamentos como me conhecer? Como me entender? Como levar adiante todo o resto se não consigo levar algo que faz parte de mim?</div>
<div style="text-align: justify;">
Por que que a gente é assim?</div>
<div style="text-align: justify;">
Começou mais cedo do que eu esperava, mas não vou fugir.</div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-82257210314971665532013-07-03T23:43:00.001-03:002014-01-25T13:18:06.209-03:00Desculpa se te chamo de amor"É perceber que talvez amar seja outra coisa. É sentir-se leve e livre. É saber que o coração dos outros não lhe é devido, não lhe pertence, não lhe cabe por contrato. A cada dia você deve merecê-lo. E dizê-lo. Dizer a ele. E perceber pelas respostas que talvez seja necessário mudar. É necessário ir embora para reencontrar o caminho. Fabio que me olha bravo, de pé, diante do portão. E diz que não, que estou errada, que somos felizes juntos. Agarra o meu braço e o aperta com força. Porque, quando alguém que você deseja se vai, você tenta mantê-lo com as mãos e espera assim prender também o seu coração. E não é assim. O coração tem pernas que você não vê. E Fabio vai embora dizendo você vai me pagar, mas o amor não é uma dívida a ser liquidada, não dá créditos, não aceita descontos."<br />
<br />
- Desculpa se te chamo de amor (Federico Moccia)Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-48967609214698278002013-02-20T20:15:00.003-03:002013-02-20T20:36:03.948-03:00Meta de Leitura - Janeiro<span style="text-align: justify;">Eu já contei pra vocês do </span><a href="http://blogdajessicamaria.blogspot.com.br/2013/02/desafio-desafiante-2013.html" style="text-align: justify;">Desafio Desafiante 2013</a><span style="text-align: justify;">. Aproveitei e citei minha Meta de Leitura para 2013, mas resolvi alterá-la, retirei 4 livros e ela está fechada em 30 para o ano.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje vim falar dos livros que li durante o mês de Janeiro.<strike> Mas Jéssica, Janeiro já passou e a gente tá quase no fim de fevereiro!</strike> Eu sei que Janeiro já foi, mas a arte da escrita tem vontade própria e ela escolheu esse momento para acontecer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No mês de Janeiro eu tive contato com quatro livros, como eu queria, pois pretendo ler um livro por semana.<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://ciadoslivros01.ezcdn.com.br/files/_fotos/produtos/21/571621/571621_detalhe1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://ciadoslivros01.ezcdn.com.br/files/_fotos/produtos/21/571621/571621_detalhe1.jpg" height="320" width="218" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O primeiro foi <b>Histórias Intimas: Sexualidade e Erotismo na História do Brasil</b></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
Autora: Mary del Priore</div>
<div class="" style="clear: both;">
</div>
<div style="text-align: center;">
Editora: Planeta</div>
<div style="text-align: center;">
Páginas: 256</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBn9cPZIdDpV2UmU3OiBt1hmQ8xJIyebV9dyXzAZR1BvZgHndDNsCqgL2Q7NE706LPNRRai1sJvSdJIvJAPdita4uDUu8wJeu8WiXpJ1o7PUi7H7H1Pp3UdXxisIwYkR4rd7sg1_z2Omw/s1600/3estrelas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBn9cPZIdDpV2UmU3OiBt1hmQ8xJIyebV9dyXzAZR1BvZgHndDNsCqgL2Q7NE706LPNRRai1sJvSdJIvJAPdita4uDUu8wJeu8WiXpJ1o7PUi7H7H1Pp3UdXxisIwYkR4rd7sg1_z2Omw/s1600/3estrelas.png" /></a></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: justify;">
Sinopse: <i>Quando o Brasil era a Terra de Santa Cruz, as mulheres tinham de se enfear e os homens precisavam dormir de lado, nunca de costas, porque “a concentração de calor na região lombar“ excitava os órgãos sexuais. E nos momentos a sós – geralmente no meio do mato, e não em casa, porque chave era artigo de luxo e não era possível fechar as portas aos olhares e ouvidos curiosos –, as mulheres levantavam as saias e os homens abaixavam as calças e ceroulas. Tirar a roupa era proibido. E beijar na boca? Bem... sem pasta e escova de dentes, difícil. Mas como o proibido aguça mais a vontade, a instituição que mais repreendia os afoitos, ironicamente, acabou se tornando o templo da perdição. Onde as pessoas poderiam se encontrar, trocar risos e galanteios e até ter relações sexuais, sem despertar suspeitas, se não no escurinho... das igrejas? Casos saborosos como esses são narrados por uma das maiores historiadoras do país, Mary del Priore. Em Histórias Íntimas, ela mostra como a sexualidade e a noção de intimidade foram mudando ao longo do tempo, influenciadas por questões políticas, econômicas e culturais, e passaram de um assunto a ser evitado a todo custo para um dos mais comentados nos dias de hoje.</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>Comentário da leitora:</b></div>
<div class="separator" style="clear: both;">
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
O que me motivou a ler esse livro foi ele mesmo. Ano passado, enquanto estava no laboratório da Universidade, um colega estava com o livro e eu o peguei, curiosamente. Comecei a ler o livro e fui interrompida quando ele foi embora. Quando vi que ele estava disponível no Livro Viajante não perdi a chance de poder concluir a leitura. O livro é muito interessante, traz aspectos históricos e ajuda a entender muitos dos costumes, machismos e preconceitos atuais. Fala de um tempo que sentir desejo era considerado pecado e loucura. A autora fala sobre traição, casamento, o que era atrativo ou não nos homens e mulheres. Faz tudo isso de forma leve e em alguns momentos chega a ficar divertida a leitura. Contudo, por diversas vezes achei que lia algo repetido, que já tinha sido citado e explicado anteriormente. Mas é uma leitura válida, como o texto é fácil e gostoso de ler, nos dando a oportunidade de refletir sobre conceitos, preconceitos, hipocrisia, ou qualquer sentimento enraizado, ou será herdado?</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcThr8bf95yK0rvN0s54URwmnWhe__5nv8kADBMU15kJR56eUDBa" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcThr8bf95yK0rvN0s54URwmnWhe__5nv8kADBMU15kJR56eUDBa" width="212" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O segundo livro do mês de janeiro foi <b>O Homem que Queria Ser Feliz</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Autor: Laurent Gounelle</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Editora: Objetiva</div>
<div style="text-align: center;">
Páginas: 167<br />
<br />
<img 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/></div>
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Sinopse: <i>Imagine descobrir que tudo que você acreditava saber sobre a felicidade está errado. Ou pense como reagiria se lhe dissessem que os motivos por ter colocado de lado de lado suas paixões não passam de uma farsa Narrado em forma de parábola romanceada, O homem que queria ser feliz, best-seller francês já lançado em 17 países, envolve o leitor com a história do professor e, através dela, vai transmitindo uma série de ensinamentos básicos para tornar a vida melhor. Ensinamentos aparentemente tão óbvios, que não são levados em conta pela maioria das pessoas nos momentos de crise e reflexão, quando na verdade, deveriam ser usados como norte.</i></div>
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<span style="background-color: white; font-family: arial; font-size: 12px;"><i><br /></i></span></div>
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<b>Comentário da leitora:</b></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei o que me motivou a ler este livro. Ele conta a história de um homem que estava em Bali e que ao encontrar um curandeiro começou a indagar-se sobre a (ausência de) felicidade em sua vida. Através da história uma série de ensinamentos básicos para tornar a vida melhor são transmitidos. Estes ensinamentos aparentemente tão óbvios, não são levados em conta pela maioria das pessoas nos momentos de crise ou de reflexão. Uma parte do livro que gosto bastante: <i>"Quando fala de um projeto para as pessoas a sua volta, receberá três tiros de reações: as neutras, as de encorajamento e as reações negativas que podem fazê-lo desistir. Você não deve confiar em gente que tente desencoraja-lo para apenas suprir uma necessidade psicológica própria. Tem gente que se sente melhor quando você vai mal, e que fará tudo para que você não vá melhor! Ou gente que necessária que você realizasse seu sonho, pois isso lhe faria lembrar sua falta de coragem para realizar os seus. Existe também gente que se sente valorizada com suas dificuldades, pois isso lhes permite lhe oferecer ajuda. Não adianta nada ficar com raiva deles, porque fazem isso inconscientemente. Por isso é conveniente se afastar dessas pessoas ou não falar de seus projetos com elas. Senão, vai se juntas aos milhões de pessoas que não tem a vida que desejam. Em compensação, é muito positivo ver à sua volta uma ou duas pessoas que acreditem em você. Se à sua volta há alguém que acredita em você, em suas capacidades de sucesso isso afastará suas duvidas, seus medos desaparecerão como num passe de mágica. Mas entenda bem: não é preciso que essa pessoa o ajude ou o aconselhe. O que conta antes de tudo é a confiança que deposita em você.".</i></div>
</div>
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O livro tem um quê de autoajuda, só por isso não é ótimo.<br />
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O terceiro livro foi <b>Cristal Polonês</b></div>
<div style="text-align: center;">
Autora: Leticia Wierzchowski</div>
<div style="text-align: center;">
Editora Record</div>
<div style="text-align: center;">
Páginas: 176</div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBn9cPZIdDpV2UmU3OiBt1hmQ8xJIyebV9dyXzAZR1BvZgHndDNsCqgL2Q7NE706LPNRRai1sJvSdJIvJAPdita4uDUu8wJeu8WiXpJ1o7PUi7H7H1Pp3UdXxisIwYkR4rd7sg1_z2Omw/s1600/3estrelas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBn9cPZIdDpV2UmU3OiBt1hmQ8xJIyebV9dyXzAZR1BvZgHndDNsCqgL2Q7NE706LPNRRai1sJvSdJIvJAPdita4uDUu8wJeu8WiXpJ1o7PUi7H7H1Pp3UdXxisIwYkR4rd7sg1_z2Omw/s1600/3estrelas.png" /></a></div>
Sinopse: <i>Cristal polonês é uma história sobre a vida de uma família humilde, de origem polonesa, que vive no Brasil. Marcados por uma tragédia, sua história é narrada pela filha mais velha do casal.</i><br />
<i><br /></i>
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<b>Comentário da leitora:</b></div>
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O que me motivou a ler este livro foi a sua autora. A Leticia <span style="text-align: center;">Wierzchowski escreveu A Casa das Sete Mulheres e eu achei que esse livro deveria ser bem escrito. Outra coisa que motivou foi o fato de uma gaúcha me emprestar o livro, isso fez com que eu ficasse mais empolgada, já que é um livro nacional, que se passa no Rio Grande do Sul. O livro conta a história da família de </span>Tedda, Paula e Miti, três irmãos descendentes de família polonesa - por parte de mãe -. A grande parte das coisas que têm são de segunda mão, herdados dos tios - irmãos de sua mãe. Quem conta a história é a menina Tedda, onde nos descreve a história desta infância onde tudo de mágico e de perigoso pode suceder, onde nada escapa aos olhos de Deus, onde tirar boas notas pode garantir o sorriso da máma e talvez um sono sem pesadelos. Numa pequena casa onde quase tudo é emprestado e as roupas são grandes demais para seus novos donos, apesar da pobreza e dos grandes perigos de se cometer um pecado, ainda há lugar para os sonhos. Até que um dia, por causa de uma aposta, eles têm a oportunidade de fazer uma viagem para uma casa de campo que faz a alegria dos filhos e muda a vida da família. Talvez eu não tenha entendido bem a história, por isso ela é "só boa"... Não sei por que o livro se chama Cristal Polonês, não achei que o final fosse interessante, mas também não desgostei da Tedda, do Miti e da Paula.<br />
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<a href="http://opiniaoecatastrofe.files.wordpress.com/2011/07/queridos-amigos.jpg?w=604" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://opiniaoecatastrofe.files.wordpress.com/2011/07/queridos-amigos.jpg?w=604" height="320" width="212" /></a></div>
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O quarto livro e o último de janeiro foi <b>Aos Meus Amigos</b></div>
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Autora: Maria Adelaide Amaral</div>
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Editora: Globo</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Páginas: 334</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBn9cPZIdDpV2UmU3OiBt1hmQ8xJIyebV9dyXzAZR1BvZgHndDNsCqgL2Q7NE706LPNRRai1sJvSdJIvJAPdita4uDUu8wJeu8WiXpJ1o7PUi7H7H1Pp3UdXxisIwYkR4rd7sg1_z2Omw/s1600/3estrelas.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBn9cPZIdDpV2UmU3OiBt1hmQ8xJIyebV9dyXzAZR1BvZgHndDNsCqgL2Q7NE706LPNRRai1sJvSdJIvJAPdita4uDUu8wJeu8WiXpJ1o7PUi7H7H1Pp3UdXxisIwYkR4rd7sg1_z2Omw/s1600/3estrelas.png" /></a></div>
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Sinopse: <i>Aos meus amigos tem como tema central um dos principais da literatura de todos os tempos - a amizade. A amizade, porém, se aqui rima com 'fraternidade e solidariedade', não rima necessariamente com felicidade. A história do romance, baseada em fatos reais da vida da autora, se articula em torno de um leito de morte. Na verdade, de um leito de suicídio, o do escritor e publicitário Leo (inspirado em Décio Bar, amigo da escritora, a quem o romance é dedicado). É o seu suicídio que, no agitado ano de 1989, mobilizará a retomada da 'velha turma', que vivera intensamente os ideais da esquerda nos anos da ditadura militar brasileira (1964-1985). Um reencontro feito também de desencontros, inclusive políticos. Após o suicídio de Leo, seus amigos reúnem-se para velar o corpo e tentar manter viva sua memória, enquanto procuram os originais de um livro que teria deixado. Romance ágil, grandemente baseado em diálogos, mais do que em descrições, os fatos e personagens são, então, construídos e reconstruídos por referências e reminiscências, como nas conversas reais. É a palavra falada, enfim, que reina no romance, assim como na vida.</i></div>
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<i></i><i>— Lu? É a Bia. Tô ligando pra você pra te dar uma notícia muito triste...</i><i><br />— Alô?<br />— ...<br />— Bia? (Será que a linha caiu?)<br />— Não...<br />— O que é que está acontecendo?<br />— Eu não consigo parar de chorar!<br />— Pelo amor de Deus! Quer me dizer de uma vez o que foi que aconteceu?<br />— O Leo morreu.</i></div>
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<i>Assim começa o livro, que conta a história do reencontro de uma turma de antigos amigos. Passado e presente se misturam em cada diálogo, mostrando que viver é, no fundo, fazer escolhas. </i><i><br />O livro inspirou a minissérie Queridos Amigos, exibida em 2008 na TV Globo.</i></div>
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<b><br /></b></div>
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<b>Comentário da leitora:</b></div>
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Eu tive várias motivações pra ler este livro. Primeiro a minissérie, que passou na Globo e eu fiz o possível pra ver, segundo que dei esse livro em um amigo secreto da universidade e a presenteada me disse que adorou, terceiro porque sempre começo escrevendo para os "Malucos Beleza" assim: "Aos meus queridos amigos", quarto: quando estava indo a um sebo pela primeira vez achei o livro no meio de vários populares e o comprei por R$ 8 reais! E pra finalizar, ele fala do tempo da ditadura e foi escrito no ano em que eu nasci. Mas eu tive muito problema em ler o livro, protelei, abandonei até está livre e me dedicar novamente a ele. Conta a história de vários amigos, que no leito de morte de um dos seus amigos se reúnem e relembram o que esta amizade realmente representa na vida deles, o que ela acrescenta ou prejudica. Sim, prejuízos, porque as amizades são compostas de sujeitos e estes com vivências problemáticas. São vários diálogos, o que me confundiu muito no começo, pois tenho mania de decorar a característica dos personagens, o que foi muito difícil, pois eram muitos. Tive vontade de anotar cada um em um papel e ir acrescentando no decorrer da história, mas desisti. Também não achei uma leitura tão fluída, tive que retornar aos diálogos para saber quem estava falando, por exemplo. Eu confesso ter gostado mais da minissérie, mas pra ter certeza, vou assisti-la novamente.</div>
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Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-51005339159850279072013-02-20T17:22:00.002-03:002013-02-20T17:22:18.108-03:00Um Homem Comum"Sou um homem comum <br /> de carne e de memória <br /> de osso e esquecimento. <br /> e a vida sopra dentro de mim <br /> pânica <br /> feito a chama de um maçarico <br /> e pode subitamente <br /> cessar. <br /><br />Sou como você <br />feito de coisas lembradas <br /> e esquecidas <br /> rostos e <br /> mãos, o guarda-sol vermelho ao meio-dia <br /> em Pastos-Bons <br /> defuntas alegrias flores passarinhos <br /> facho de tarde luminosa <br /> nomes que já nem sei <br /> bandejas bandeiras bananeiras <br /> tudo misturado <br /> essa lenha perfumada <br /> que se acende <br /> e me faz caminhar <br /> (...) e não vejo na vida, amigo, <br /> nenhum sentido, senão <br /> lutarmos juntos por um mundo melhor (...) <br /> Quero, por isso, falar com você, <br /> (...) apoiar-me em você <br /> oferecer-lhe o meu braço <br /> que o tempo é pouco <br /> e o latifúndio está aí, matando. <br /><br /> Que o tempo é pouco <br /> (...) cruzo a Avenida sob a pressão do imperialismo. <br /> A sombra do latifúndio <br /> mancha a paisagem <br /> turva as águas do mar <br /> e a infância nos volta <br /> à boca, amarga, <br /> suja de lama e de fome. <br /><br /> Mas somos muitos milhões (...)<br /> e podemos formar uma muralha <br /> com nossos corpos de sonho e margaridas". <br /><br /><div style="text-align: right;">
<b><i>Ferreira Gullar</i></b></div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-36766067743525437272013-02-06T02:49:00.000-03:002013-02-06T17:51:21.274-03:00Desafio Desafiante 2013<br />
<br />
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<a href="http://www.silencioqueeutolendo.com.br/p/desafio-realmente-desafiante.html" target="_blank"></a></div>
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<img border="0" height="120" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPG7e7kflFhPUILuzk8WW0yvDsnlRNvUTxqtzXj5V7EyFriI0QKGj5U4Aji2eC-CRXjSsI35oGSGYALKY00t2xAC2Ou7Iyaz-d3mc5JP7letkHPYsxt5Ox0kJY4zYpr_m4IuFZTIHoyzc/w589-h327-n-k/DESAFIO2.jpg" width="240" /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não sei como ainda não contei aqui, mas aí vai. Faço parte de um grupo no <a href="http://blogdajessicamaria.blogspot.com.br/2010/09/pra-quem-gosta-de-ler-internet-tem-um.html">skoob</a> chamado Livro Viajante. Esse grupo tem como proposta interação e o conhecimento de novas pessoas através de um agente especial: o livro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como bem disse sua criadora é "um grupo para quem adora fazer circular um livro e, com ele, espalhar a cultura pelo Brasil!". Além de possibilitar novas leituras é possível trocar impressões, fazer grandes amigos e compartilhar carinho e amor através dos livros.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O grupo existe desde setembro/2010, mas eu só entrei em 2012. Desde então já tive a chance de ler 16 livros, vindos de vários lugares do Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-9jutfhepkB4/URHf7z5ylQI/AAAAAAAAA6c/ojqxh9BU250/s1600/page.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-9jutfhepkB4/URHf7z5ylQI/AAAAAAAAA6c/ojqxh9BU250/s1600/page.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E nem só de receber livros é que se vive no LV, como carinhosamente chamamos o grupo, coloquei dois livros meus para viajarem, <a href="http://www.skoob.com.br/livro/4675">Estrelas Tortas</a> e <a href="http://www.skoob.com.br/livro/57170">Nunca Antes Na História Deste País</a>. Hoje o grupo tem mais de mil livros que já foram disponibilizados!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lá ainda, tive a chance de participar do AS de Natal, Amigo Secreto onde passamos cerca de um mês mantendo contato com um amigo oculto e no fim fazemos uma culminância enviando um livro com mimos de presente. Eu recebi da Vanessa Cunha várias guloseimas do Sul, que gerou até briga, porque todos queriam comê-las, juntamente com o livro On The Road, do Jack Kerouac.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/149522_581534348528012_916476602_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/149522_581534348528012_916476602_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Tudo isso só pra contar pra vocês a loucura que eu me propus fazer este ano.</div>
<div class="separator" style="clear: both;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both;">
Interagindo lá no grupo uma das meninas compartilho um desafio de leitura para 2013, o Desafio Desafiante 2013. Como eu estava toda empolgada porque li pra caramba ano passado aceitei.</div>
<div class="separator" style="clear: both;">
O Desafio consiste em ler somente livros que tenham sido comprados/ganhados de 2012 para trás. Você não poder ler NADA que tenha ganhodo ou comprado em 2013.</div>
<div class="separator" style="clear: both;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both;">
Existem 18 desafios criados pela Clícia Godoy dona do <a href="http://www.silencioqueeutolendo.com.br/">Silêncio que eu tô lendo</a>, deles 12 devem ser cumpridos no mínimo. <strike>Porém você pode escolher o mês que vai realiza-los!</strike> Mas como eu não sou do tipo que gosta de seguir regras eu não escolhi, já que o importante é cumprir 12 desafios. E a Clícia deu uma alternativa de fazer um por mês ou terminar o desafio antes do tempo, lendo até os 18 se quiser!</div>
<div class="separator" style="clear: both;">
Deve ser associado um livro para cada desafio, ok?</div>
<div class="separator" style="clear: both;">
<br /></div>
<b>1. Ler um livro que você ganhou, não gostou muito e ficou na prateleira. - <span style="color: red;">A Sombra do Vento.</span></b><br />
2. Ligar para um amigo e pedir uma indicação de livro! Se você não tiver o livro, NÃO VALE COMPRAR, peça emprestado.<br />
<b>3. Ler um livro com um doce na capa. - <span style="color: red;">O Clube do Biscoito</span></b><br />
<b>4. Ler um livro com um casal apaixonado na capa. - <span style="color: red;">Um Dia</span></b><br />
<b>5. Ler um livro que o autor tenha a mesma inicial que a sua. - <span style="color: red;">A Loja dos Suicidas</span></b><br />
<b>6. Peça para alguém olhar na sua estante e escolher um livro a muito esquecido. - <span style="color: red;">A Menina que Não Sabia Ler</span></b><br />
<b>7. Ler um livro que é citado em ouro livro. - <span style="color: red;">O Grande Gatsby</span></b><br />
<b>8. Ler um livro que foi lançado no ano do seu nascimento. -<span style="color: red;"> Aos Meus Amigos</span></b><br />
<b>9. Ler um livro cujo título tenha mais de 5 palavras. - <span style="color: red;">O Homem Que Queria Ser Feliz</span></b><br />
<b>10. Ler um livro que tenha entre 300 e 350 páginas. - <span style="color: red;">Amante da Fantasia</span></b><br />
<b>11. Ler um livro nacional. - <span style="color: red;">Cristal Polonês</span></b><br />
12. Ler um livro que você ganhou de presente de aniversário.<br />
13. Ler um livro com a capa entre bege e marrom.<br />
14. Ler um livro de zumbis.<br />
<b>15. Ler um livro com a capa feia. (E explicar o porquê não gosta da capa!) - <span style="color: red;">Léo e as caixas de música</span></b><br />
16. Reler e resenhar um livro que leu há muito tempo e nunca resenhou!<br />
17. Ler um livro que tenha um personagem com o seu nome ou que tenha o mesmo apelido que você.<br />
<b>18. Ler um livro com a capa com letras amarelas. - <span style="color: red;">Charlotte Street</span></b><br />
<b style="font-size: x-small;"><span style="color: red;"><br /></span></b>
<b style="font-size: x-small;"><span style="color: red;">*</span></b><span style="font-size: xx-small;">As opções em negrito são os desafios que eu aceitei e os nomes em vermelho do lado são os livros que vou ler para cumprir o desafio.</span><br />
<div>
<br /></div>
<div>
Pra completar minha loucura, eu estou inscrita em diversos LVs, de uma forma que a minha meta de leitura de 2013 inclui 34 livros, até agora. É praticamente um livro por semana! No próximo post vou falar dos livros que já li do desafio, três em janeiro.<br />
<br />
Janeiro já passou, mas isso não te impede de fazer parte do desafio. Convido-te a te auto desafiar a fazer viagens inimagináveis no mundo da leitura!</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/51488893/tumblr_mhs0spcgcE1s4639wo1_400_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data.whicdn.com/images/51488893/tumblr_mhs0spcgcE1s4639wo1_400_large.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-24982431809470099372013-01-07T22:26:00.000-03:002013-01-07T22:26:07.568-03:00Pensamento<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/fLgd4j9LX5g" width="459"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2012 foi embora, sem retrospectiva, sem grandes considerações. 2013 chega trazendo varias coisas.<br />Iniciei o ano tranquila, se perspectiva, só colocando uma coisa na cabeça: esse ano eu vou caminhar pra ser quem eu quero me tornar. Quero fazer coisas que sempre tive vontade, tudo dentro das minhas possibilidades, ou não.<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não sei, só sei que tô pronta, pro que der e vier. De início já aprendi que somos o que pensamos, e com nossos pensamentos nós construímos nosso mundo. Já que é assim, penso que tudo é possível, e que eu tô pronta para novas vivências.<br />Seja bem-vindo 2013.</div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-88009022512517315932012-10-15T22:20:00.001-03:002012-10-15T22:26:03.100-03:00Sobre não seguir a correnteza da moda<div style="text-align: justify;">
Eu sempre achei que eu não era igual a elas e por muito tempo isso me incomodou, hoje não.</div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez pareça presunção, mas não é, é só alto conhecimento.</div>
<div style="text-align: justify;">
Estou falando das meninas, de como as mulheres se comportam, fazem escolhas, tomam atitudes ou se comportam.</div>
<div>
<a href="https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash3/522916_504268369583589_449019396_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="200" src="https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash3/522916_504268369583589_449019396_n.jpg" width="150" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">
Eu sou uma pessoa tranquila, talvez desleixada, porque eu não me importo muito com que ocupa o tempo livre das moças de hoje.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não sou vidrada em esmaltes, maquiagem ou cabeleireiros. Eu não curto nem um pouco maxi colar ou sei lá como chama, acho feio pra caramba qualquer coisa que envolva lantejoilas e sirva como veste fora do carnaval. Talvez eu só tenha ficado no passado e não tenha "evoluído", sinceramente, prefiro assim.</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não gosto de acordar e colocar maquiagem na cara, eu não gosto de me sentir igual às 99 pessoas ao meu redor, eu não gosto de sentir tendências que não me agradam, simplesmente porque são tendências.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Isso diz um pouco de quem eu sou, um pouco do meu modo de lidar com situações, com correntezas que a vida nos apresenta.</div>
<div style="text-align: justify;">
Isso não quer dizer que eu não navegue, vez por outra, nas tendências da vida. Eu escuto sim músicas do <i>hit parede</i>, eu leio<i> best sellers</i> e ainda gosto, meu problema mesmo é com a moda.</div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-snc7/304806_504055716275876_308061411_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="131" src="https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-snc7/304806_504055716275876_308061411_n.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu prefiro mesmo usar os vestidinhos que minha avó faz, as batinhas que minha tia me dá e ser feliz, porque, pra mim, ser igual a todo mundo não tem a menor graça.</div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-27004670926962400742012-09-22T20:44:00.000-03:002012-09-22T20:44:24.401-03:00Você gosta de.<div style="text-align: justify;">
Você gosta de fazer música</div>
<div style="text-align: justify;">
E gosta de ficar muda</div>
<div style="text-align: justify;">
Você gosta de beber sem gelo</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu gosto de ser seu cowboy</div>
<div style="text-align: justify;">
Você gosta de rima</div>
<div style="text-align: justify;">
E disso eu não gosto</div>
<div style="text-align: justify;">
Você gosta de rir</div>
<div style="text-align: justify;">
E disso eu também gosto</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/19675299/tumblr_lwhelhTfiJ1qcm4jwo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="211" src="http://data.whicdn.com/images/19675299/tumblr_lwhelhTfiJ1qcm4jwo1_500_large.jpg" width="320" /></a>Você gosta de fazer careta</div>
<div style="text-align: justify;">
E disso eu adoro</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Você gosta de coisas que eu não entendo</div>
<div style="text-align: justify;">
E mesmo assim você gosta de mim</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Você gosta de fazer perguntas</div>
<div style="text-align: justify;">
E não gosta de ouvir as respostas</div>
<div style="text-align: justify;">
Você gosta que eu te cubra</div>
<div style="text-align: justify;">
De agosto, setembro e outubro</div>
<div style="text-align: justify;">
De chuva, vento e lua</div>
<div style="text-align: justify;">
De sombra, você quer ter um filho meu</div>
<div style="text-align: justify;">
Você gosta que eu te pegue de costas</div>
<div style="text-align: justify;">
E se esconde quando a luz se acende</div>
<div style="text-align: justify;">
E mesmo assim você gosta de mim</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<b><i>Marcelo Rubem Paiva</i></b></div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-42169543758032617982012-09-22T15:21:00.001-03:002012-09-22T15:23:30.594-03:00Namore uma garota que lê.<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/38067454/076c609f005035e9b92195173b27a2cb_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://data.whicdn.com/images/38067454/076c609f005035e9b92195173b27a2cb_large.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ela é a garota que lê enquanto espera por algo ou alguém na rua. Perdida em um mundo criado pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro. Diga o que realmente pensa sobre Alexandre Dumas. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo de A Menina que Roubava Livros. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Hannah Arendt, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gosta ou gostaria de ser a Alice.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Drummound, e.e.cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa. É que ela tem que arriscar, de alguma forma. Minta. Se ela compreender sintaxe, vai perceber a sua necessidade de mentir. Por trás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. E isto nunca será o fim do mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim. E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até porque, durante algum tempo, são mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype. Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Quintana, num sussurro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i><b>Rosemary Urquico</b> (adaptado)</i></div>
</div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-19656900645112878742012-09-17T10:51:00.001-03:002012-09-17T10:51:39.848-03:00Querido Diário<div style="text-align: justify;">
(TÓPICOS PARA UMA SEMANA UTÓPICA)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><div style="text-align: justify;">
<b>Segunda-feira:</b></div>
</b><div style="text-align: justify;">
Criar a partir do feio</div>
<div style="text-align: justify;">
Enfeitar o feio</div>
<div style="text-align: justify;">
Até o feio seduzir o belo</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><div style="text-align: justify;">
<b>Terça-feira:</b></div>
</b><div style="text-align: justify;">
Evitar mentiras meigas</div>
<div style="text-align: justify;">
Enfrentar taras obscuras</div>
<div style="text-align: justify;">
Amar de pau duro</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><div style="text-align: justify;">
<b>Quarta-feira:</b></div>
</b><div style="text-align: justify;">
Magia acima de tudo</div>
<div style="text-align: justify;">
Drogas, barbitúricos</div>
<div style="text-align: justify;">
I Ching</div>
<div style="text-align: justify;">
Seitas macabras</div>
<div style="text-align: justify;">
O irracional como aceitação do universo</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><div style="text-align: justify;">
<b>Quinta-feira:</b></div>
</b><div style="text-align: justify;">
Olhar o mundo</div>
<div style="text-align: justify;">
Com a coragem do cego</div>
<div style="text-align: justify;">
Ler da tua boca as palavras</div>
<div style="text-align: justify;">
Com a atenção do surdo</div>
<div style="text-align: justify;">
Falar com os olhos e as mãos</div>
<div style="text-align: justify;">
Como fazem os mudos</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><div style="text-align: justify;">
<b>Sexta-feira:</b></div>
</b><div style="text-align: justify;">
Assunto de família:</div>
<div style="text-align: justify;">
Melhor fazer as malas </div>
<div style="text-align: justify;">
E procurar uma nova</div>
<div style="text-align: justify;">
(Só as mães são felizes)</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/37429643/1987-folha-de-sao-paulo_large.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://data.whicdn.com/images/37429643/1987-folha-de-sao-paulo_large.jpg" /></a></div>
<b><div style="text-align: justify;">
<b>Sábado:</b></div>
</b><div style="text-align: justify;">
Não adianta desperdiçar sofrimento</div>
<div style="text-align: justify;">
Por quem não merece</div>
<div style="text-align: justify;">
É como escrever poemas no papel higiênico</div>
<div style="text-align: justify;">
E limpar o cu</div>
<div style="text-align: justify;">
Com os sentimentos mais nobres</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><div style="text-align: justify;">
<b>Domingo:</b></div>
</b><div style="text-align: justify;">
Não pisar em falso</div>
<div style="text-align: justify;">
Nem nos formigueiros de domingo</div>
<div style="text-align: justify;">
Amar ensina a não ser só</div>
<div style="text-align: justify;">
Só fogos de São João no céu sem lua</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas reparar e não pisar em falso</div>
<div style="text-align: justify;">
Nem nas moitas dos metrôs nos muros</div>
<div style="text-align: justify;">
E esquinas sacanas comendo a rua</div>
<div style="text-align: justify;">
Porque amar ensina a ser só</div>
<div style="text-align: justify;">
Lamente longe, por favor</div>
<div style="text-align: justify;">
Chore sem fazer barulho</div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div style="text-align: right;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div style="text-align: right;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div style="text-align: right;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div style="text-align: right;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div style="text-align: right;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div style="text-align: right;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div style="text-align: right;">
<b><i>Cazuza</i></b></div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-71372323120974704792012-09-11T22:34:00.003-03:002012-09-11T22:34:32.866-03:00A Busca do Ideal<br />
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Existem muitos fins diferentes que podem ser buscados pelos homens, fazendo com que estes se sintam plenamente racionais, plenamente realizados, capazes de entendimento, compreensão e iluminação mútuas, da mesma forma que nos iluminamos com a leitura de Platão ou dos romances do Japão medieval - mundos e concepções muito distantes dos nossos. A intercomunicação das culturas no tempo e no espaço só é possível porque aquilo que faz dos homens seres humanos é comum a todos e estabelece uma ponte entre eles. Mas nossos valores são os nossos valores, e os deles são os deles. Somos livres para criticar os valores de outras culturas, condená-los, mas não podemos fingir que não os compreendemos em absoluto ou considerá-los apenas como subjetivos, produtos de criaturas vivendo em circunstâncias diferentes, com gostos diferentes dos nossos, que nada nos têm a dizer. </div>
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Existe um mundo composto de valores objetivos. Refiro-me aos fins buscados pelos homens por eles mesmos, para os quais as outras coisas não passam de meios. Não sou cego em relação àquilo que os gregos valorizavam; seus valores podem não ser os meus, mas posso imaginar o que seria viver à luz deles, posso admirá-los e respeitá-los, e até mesmo imaginar-me vivendo de acordo com eles, embora eu não faça - e não o deseje fazer, além de talvez não o conseguir fazer, mesmo que desejasse. As formas de se viver são diferentes. Os fins, os princípios morais são variados. Mas não infinitamente variados: eles devem se situar nos limites do horizonte humano. Caso contrário, estarão fora da esfera humana. Se me deparo com homens que adoram árvores, não como símbolos de fertilidade ou seres divinos, com poderes misteriosos e vida própria, ou por crescerem em um bosque consagrado a Palas Atena, mas apenas porque são feitas de madeira; e se, ao lhes perguntar por que adoram a madeira, eles respondem: “Por que é madeira”, sem qualquer outra explicação, então não sei o que significa tal adoração. Se forem humanos, não são seres com quem eu possa me comunicar- existe entre nós uma verdadeira barreira. Para mim, eles não são humanos. Nem sequer posso chamar seus valores de subjetivos se não consigo imaginar como seria seguir essa orientação de vida. </div>
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O que fica claro é que os valores podem se entrechocar - é por isso que as civilizações são incompatíveis entre si. Os valores podem ser incompatíveis entre diferentes culturas, entre grupos. Os valores podem facilmente se chocar no interior de um único indivíduo; e, se isso acontecer, não quer dizer que alguns valores são verdadeiros e outros falsos. A justiça, a justiça rigorosa, constitui um valor absoluto para algumas pessoas, mas não é compatível com valores não menos importantes para elas - a misericórdia, a compaixão - como acontece em casos concretos pertencentes à mesma cultura ou entre você e eu . Você acredita que se deve dizer a verdade em qualquer situação; eu não o faço pois acredito que às vezes isso é demasiado doloroso e destrutivo. Não podemos discutir nossos diferentes pontos de vista; podemos chegar a um acordo, mas ao fim e ao cabo o que você busca talvez não seja conciliável com os objetivos a que dediquei. </div>
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Tanto a liberdade quanto a igualdade estão entre os objetivos básicos procurados pelos seres humanos durante muitos séculos; mas a liberdade total para os lobos é a morte dos cordeiros; a liberdade total dos poderosos, dos talentosos, não é compatível com o direito a uma existência decente para os fracos e os menos talentosos. Um artista, a fim de criar uma obra-prima, pode levar um tipo de vida que arrasta sua família para a miséria e a imundice, coisas que são indiferentes para ele. Podemos condená-lo e declarar que a obra-prima deveria ser sacrificada em favor das necessidades humanas; também podemos defender sua posição - mas as duas atitudes supõem valores que para alguns homens e mulheres são os mais importantes, bem como compreensíveis por todos nós se tivermos algum tipo de condescendência, imaginação ou compreensão para com os seres humanos. A igualdade pode exigir a restrição da liberdade daqueles que desejam dominar; a liberdade - sem um mínimo da qual não existe escolha nem, portanto, possibilidade de se permanecer humano, no sentido que atribuímos a essa palavra - está sujeita a restrições a fim de abrir espaço ao bem-estar social, para que o faminto seja alimentado, o destituído seja agasalhado, o sem-teto seja alojado, e abrir espaço à liberdade de outrem, para que possa ser exercida a justiça ou a probidade. </div>
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Antígona defronta-se com um dilema para o qual Sófocles sugere uma solução, Sartre oferece a oposta, enquanto Hegel propõe a “sublimação” em um nível mais elevado - pobre consolo para os que são atormentados por tais dilemas. A espontaneidade, uma maravilhosa qualidade humana, não é compatível com a capacidade de planejamento organizado, de um cálculo correto a respeito de como, até que ponto e onde agir - e disso pode depender em grande parte o bem-estar da sociedade. Todos temos consciência das angustiantes alternativas propostas por um passado recente. Deve o homem resistir a uma tirania monstruosa a qualquer preço, mesmo que isso custe as vidas de seus pais ou filhos? Deve uma criança ser torturada para se obter informações sobre perigosos traidores ou criminosos? </div>
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Esses choques de valores constituem a essência do que eles são e do que nós somos. Se nos dizem que tais contradições serão dissipadas em um mundo perfeito no qual todas as coisas boas podem, em princípio, ser harmonizadas, então devemos responder aos que afirmam isso que o sentido dos termos denotativos dos valores conflitantes não é o mesmo para nós e para eles. Devemos dizer que se encontra totalmente fora de nossa compreensão um mundo no qual não esteja em conflito aquilo que vemos como valores incompatíveis; que os princípios em harmonia nesse outro mundo não são os princípios com que estamos familiarizados em nossa vida diária; se eles se mostram diferentes, é porque foram transformados em concepções por nós desconhecidas neste mundo. Mas é neste mundo que vivemos, e é daqui que devemos crer e agir. </div>
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A noção do todo perfeito, a solução final, em que todas as coisas boas coexistem, não me parece apenas inatingível - isso é um truísmo - mas, conceitualmente incoerente; não sei o que significa uma harmonia desse tipo. Alguns dos Grandes Bens não podem estar em convivência. Essa é uma verdade conceitual. Somos condenados a escolher e cada escolha traz o risco da uma perda irreparável. Felizes os que vivem sob disciplina que aceitam sem questionar, que obedecem espontaneamente às ordens de seus líderes, espirituais ou temporais, cuja palavra aceitam como lei infrangível; igualmente felizes os que, através de seus próprios métodos, chegaram a convicções claras e inabaláveis com relação ao que fazer e o que ser, sem a menor sombra de dúvida. Só posso dizer que os que se instalam nesses confortáveis leitos do dogma são vítimas de uma miopia auto-imposta, antolhos que podem trazer contentamento, mas não a compreensão do que significa a humanidade do ser. </div>
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<i><b>Isaiah Berlim</b></i></div>
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Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-13088498314092716892012-08-28T23:20:00.000-03:002012-08-28T23:20:28.562-03:0019 Coisas que Você Precisa Entender Antes de se Relacionar com Alguém Muitos relacionamentos estão fadados ao fracasso porque os envolvidos ainda não resolveram questões pessoais antes de dividi-las com outras pessoas. É a velha – porém extremamente sábia – história: impossível ser feliz com alguém se você não faz ideia de como ser feliz sozinho. Quando duas metades cheias de questões mal resolvidas se juntam, os problemas se multiplicam e se fortalecem. Por isso, hoje temos aqui uma lista de fatos sob os quais você precisa ter consciência antes de sair se jogando nos braços de outra pessoa em busca de uma cura indireta para os seus problemas:<br /><br />1. O universo te dá aquilo que você busca. Se você não sabe o que busca, ele te dará qualquer coisa. E há grandes chances de você não gostar delas.<br /><br />2. Suas questões internas não podem ser resolvidas com soluções externas. Você possui todas as respostas dentro de você – basta querer ouvi-las.<br /><br />3. Solidão é algo inevitável. Nascemos sozinhos e morreremos assim também. Se tivermos sorte, acharemos alguns acompanhantes para a viagem – mas eles serão livres pra trocar de rota quando quiserem.<br /><br />4. Pensar e mexer nas feridas é uma das coisas mais dolorosas da vida, por isso muitas pessoas fogem dessas tarefas. No entanto, só aqueles que enfrentam seus fantasmas conseguem se libertar deles.<br /><br />5. Se você só acredita no seu potencial quando ouve um elogio de alguém, então há algo errado na sua vida.<br /><br />6. Pessoas sempre te tentarão convencer de que relacionamentos felizes, sem briga, e com parceria são raridade. Não acredite nelas.<br /><br />7. O ego é o grande responsável por boa parte das nossas dores. Livre-se dele se puder.<br /><br />8. Oportunidades existem para todos. No entanto, somente aqueles que andam com a antena ligada conseguem captá-las.<br /><br />9. Enquanto você viver buscando a perfeição no outro, jamais será feliz pois é impossível encontrá-la.<br /><br />10. Esteja consciente de cada passo seu. Só quem anda com consciência consegue ver as coisas menos óbvias da vida.<br /><br />11. Quando você entende que o amor não é permanente, você passa a valorizar mais cada dia pois sabe que ele pode ser o último.<br /><br />12. Cada pessoa com a qual você cruza na rua tem uma história e seus fardos pessoais. Não as julgue.<br /><br />13. Só consegue viver uma existência leve, quem consegue praticar o perdão. Perdoar não quer dizer necessariamente dar outra chance, mas sim eliminar a mágoa do seu coração.<br /><br />14. A duração das coisas é irrelevante. A profundidade é tudo o que importa.<br /><br />15. Os problemas das nossas vidas são criados pela gente.<br /><br />16. Abandone a ideia de que tudo tem que se encaixar e que tudo vai ser sempre uma absoluta harmonia. Isso só existe em contos de fada.<br /><br />17. Ciúme não tem absolutamente nada a ver com amor. Se você não acredita nisso, então provavelmente nunca entendeu o que é amar de verdade.<br /><br />18. O amor é o grande alimento pra alma. Mas você não precisa necessariamente amar outras pessoas – qualquer forma de amor, direcionada a qualquer ser, é válida.<br /><br />19. O amor tem que te permitir ser livre. Nunca se contente com menos.<div>
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Fonte: <a href="http://www.casalsemvergonha.com.br/">Casal sem vergonha</a></div>
Jéssicahttp://www.blogger.com/profile/05564758799576487780noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5854320333540240170.post-7745971692642926812012-08-25T22:24:00.001-03:002012-08-25T22:24:17.018-03:00Canção das Mulheres<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/35659628/ultimolingerie_michellemone_div_01_large.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://data.whicdn.com/images/35659628/ultimolingerie_michellemone_div_01_large.jpg" width="320" /></a></div>
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.<div>
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.</div>
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Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.</div>
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Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.</div>
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Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.</div>
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Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.</div>
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Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida, não porque lá está a sua verdade mas talvez seu medo e sua culpa.</div>
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Que se eu começo a chorar sem motivo depois de um dia daqueles, o outro não desconfie logo que é culpa dele, ou que não o amo mais. <br />Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo "Olha que estou tendo muita paciência com você!".</div>
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Que se me entusiasmo por alguma coisa o outro não a diminua, nem me chame de ingênua, nem queira fechar essa porta necessária que se abre pra mim, por mais tola que pareça.<br />Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.</div>
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Que quando levanto de madrugada e ando pela casa, o outro não venha logo atrás de mim, reclamando: "Mas que chateação essa sua mania, volta pra cama!".</div>
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Que se eu peço um segundo drinque no restaurante o outro não comente logo: "Pôxa, mais um?".<br />Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.<br />Que o outro- filho, amigo, amante, marido - não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso. <br />Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.<div>
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<b><i>Lya Luft</i></b></div>
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