Todo mundo tem direito de dizer o que quiser. A liberdade de expressão tá aí pra isso. Mas a questão é, ao proclamarmos palavras, somos responsáveis por elas. A muitos dias atrás eu escrevi o post O que está acontecendo?, onde eu proclamei muitas palavras, explicando e tentando decifrar tudo que sentia no momento. Tudo que escrevi foi real, fruto de emoções e vivências que me sufocavam. Hoje, vim reavaliar algumas das palavras que falei, afinal, foram ditas por mim e eu tenho total direito de voltar atrás em relação a elas.
"... não tem a agenda-de-cada-dia esse ano então, ..."
Pois é, acabei ganhando uma agenda esse ano! \o Meu querido amigo bereu Leo me deu uma agenda! Eu não conto nela tudo que acontece no meu dia, só registros importantes. ;)
"... chegaram ao cúmulo de quase me forçar a sair. Será que ninguém parou pra pensar que eu só queria um tempo longe, longe de toda a obrigação com o exterior?"
Esse é um ponto importante e só agora consegui enxergar o outro lado: a minha família estava preocupada comigo, queria me ver bem, não queria me ver na frente do computador - que oferece perigos [fala da pessoa de 99 anos que vive dentro de mim] -, queria que eu deixasse essa mania de misantropia - palavra que deixou minha família com abuso :P - e fosse viver! Viver por tanta gente dedica a mim carinho, amor, atenção. Pensa em mim, faz planos e eu simplesmente me dou ao luxo de corresponder quando quero.
"...você "tem que fazer" porque a sociedade te pede. Pra Putaquepariu a sociedade e as leis dela! A sociedade só mefode, só me obriga e só me limita, por que então eu tenho que dá ouvidos a ela?! Por que a gente se acostuma a viver como foi criado e passa isso adiante? Por que devemos responder aos desejos sociais se eles tão pouco se lixando se aquilo me satisfaz?! Talvez sejam indagações egoístas e mesquinhas, mas por que a gente não pode tentar se concertar antes de ter que encarar tudo que te deixa em cacos? E se é em vão ou não, não é do interesse social. Se eu perco meu tempo, ou não, muito menos então, deixe-me viver, porque experiências alheias não me fazem crescer."
Foi a coisa mais ridícula que eu escrevi e eu me envergonho. Me envergonho exatamente por ter sido o que eu recrimino, o egoísmo. Eu não posso ser alheia à sociedade, por mais que eu queira. Eu vivo nela, eu sou responsável pelo que acontece nela e com ela. Se algo não me satisfaz eu não devo virar as costas, devo mudar, agir, ir atrás para que seja diferente. Diferente do que eu preguei anteriormente, não devo ser indiferente e me isolar, é por pensamentos iguais aos meus que a nossa vida tá do jeito que tá. Que sejamos mais solidários, menos egoístas e mesquinhos, que saibamos ser verdadeiramente sábios para lidar com as questões do dia-a-dia, porque como já diz o povo das Ciências Humanas e Sociais "lidar com gente é difícil", ou seja, nós somos o logaritmo de cada dia para muita gente, que com paciência, tolerância e amor vão tentando nos resolver.
Acho que eu continuo sem entender bem o que aconteceu, mas de uma coisa eu sei, eu consigo e me sinto bem reconhecendo os meus erros - e espero o mesmo dos outros.
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