domingo, 27 de novembro de 2011

ainda Levi e agora também Sofia.

primeira parte

O tempo passou.
 Levi conheceu melhor as moças da cidade e elas gostaram muito de conhecê-lo melhor. Samuel já era "amigo" de muitas, o que facilitou a cicatrização da ferida feita por Gabi.
Julia não estava mais com Mateus e as tardes no tapete eram mais divertidas.
Mesmo sendo de séries diferentes, Levi era dois anos mais velho que ela e estava vivendo a tensão de estar no cursinho, ele preferia estar ali, com  "a garota do segundo ano", como seus amigos se referiam a ela, do que na biblioteca estudando.
Com Julia tudo era leve, até a gramática. Rolava uma química boa, ela sabia de literatura e tinha muitas histórias pra contar. Levi era muito bom em matemática e física, e ali, no espaço geográfico deles tudo corria bem.
No fim do ano, com o resultado do vestibular e os novos ares, Levi mudou muito. A Universidade tem esse dom, de trazer uma liberdade nova para as pessoas, nem todos sabem lidar com o peso da liberdade, Levi soube, ainda bem.
Ele continuou indo visitar Julia, mas não com tanta frequência,  afinal ser estudante de engenharia não é tão simples. Ele sempre achou que difícil era entrar na universidade, mas percebeu que a dificuldade mesmo se dá em sair de lá.
Enfim, as tardes no tapete do ano que chegou não foram tão agradáveis. 
Júlia estava nervosa e insegura demais com o vestibular, ela não queria mais deitar e ouvir música, só queria tirar dúvida de geometria espacial e analítica. Afinal, relações internacionais é um curso bastante concorrido. Levi não conseguia entender como uma menina  "tão certa de si", como dizia Samuel, conseguia ser tão insegura. Era isso que mais atraia e ao mesmo tempo afastava ele de Julia, suas contradições.
Como as tensões foram aumentando, ele achou melhor não ir mais à casa dela, aproveitar só o que eles tinham de melhor. Raramente eles se encontravam em uma festinha, vez ou outra Samuel dizia que eles iam estudar em grupo... Levi pedia, mentalmente, que Samuel pudesse passar essa tranquilidade dele para ela, vai que ela voltava a ser como antes...
Levi fez novos amigos e conheceu novas garotas. Ele deixou de ir com frequência as festinhas do antigo colégio e passou mais tempo na faculdade, não necessariamente estudando.
Levi conheceu Sofia. Ela não era da Engenharia, era do Serviço Social. Ele ficou encantado com ela e logo se envolveram de uma forma que ele não conseguia explicar.
Ele adorava o jeito como ela lidava com a liberdade universitária, como ela se posicionava diante das situações que tinham que enfrentar, como ela era ativa, não ficava só nos discursos. Gostava da compulsão dela por leitura, por literatura clássica, moderna, quadrinhos, revistas. Ela era realmente sábia.
Esse primeiro ano universitário se passou muito rápido, ele percebeu que não se aprende só o que está na sala de aula, mas principalmente no que tem ao redor e ele aprendeu muita coisa com Sofia. 
Sofia era livre demais e ele tinha medo disso. 
As vezes se sentia tradicional demais perto dela, as vezes sentia falta das coisas com legendas, dos is pingados, dos rótulos. 
Sofia não, ela não queria isso. Ela gostava dele, ela era querida por seus amigos e pelos amigos dele. A mãe de Levi já fazia bolo ou um almoço especial quando ela ia visitá-los e Samuel, recém passado em fisioterapia, ficava calado, o que era bem raro, ao vê-la defender seu ponto de vista.
Levi era apaixonado por Sofia, queria que todos soubessem, queria que ela fosse só dele, mas ela não queria isso. 
Sofia não queria ser propriedade de ninguém, não queria aprisionar corações. Ela se divertia com ele, ela achava sensacional aquela família que também não iludia seus filhos com histórias de papai noel ou coelho da páscoa. Ela acha incrível como alguém na engenharia, um dos cursos mais bem pagos do país, tinha uma consciência política como a de Levi. Ela ficava encantada quando ele utilizava sua capacidade de oratória na hora certa, mas ela não queria ser a "namorada" dele. Do jeito que tava, tava bom demais. 
Eles estavam juntos às segundas e quartas pela noite, no francês, onde se conheceram há um ano atrás, ele podia levá-la para dormir na casa dele quando fosse o caso e eles sempre passavam a tarde de sábado juntos, exceto no final do semestre. Pra quê colocar uma coleira de "namorado" no pescoço do rapaz?
Suas amigas falavam:
- Pra que essa mania de liberdade Sofia? Esse excesso vai te matar! Se tu não fechar logo essa gaiola, enquanto ele quer, ele voa viu?!
- Deixe que voe, não é o Lennon que diz que se voltar é porque o conquistei. Se não voltar é porque nunca o possuí?!
- Meu Deus, menina! Quando tu vai arrumar uma menino igual ao Levi?
- Hahaha, desde quando as pessoas são iguais Amanda? E desde quando você acredita em Deus?
E a conversa se perdia no meio da confusão da cabeça delas...
Enquanto isso, Levi sofria. Não sabia se deveria pressioná-la, não sabia se deveria aproveitar essa liberdade ou se viveria só o hoje e deixaria o amanhã cuidar do amanhã, como ela costumava dizer em sussurros ao seu ouvido.
Em uma das tardes de sábado que ficou em casa, pois Sofia havia viajado à um congresso, Levi resolveu ir com Samuel, depois de muita insistência do mesmo, ao aniversário de uma de suas amigas. Samuel, desde que entrou na universidade não encontrava a turma e seria um evento ótimo para reunir tanto a turma de Samuel quanto a de Levi. Lá reencontraram amigos e conversaram bastante, até o sol amanhecer, sobre como cada um havia caminhado na vida. Julia ficou super feliz em encontrar Levi, depois de tanto tempo. Encontrava sempre com Samuel no Restaurante Universitário.
- Levi!
- Oi Julia e ai?
Ela foi mais rápida do que ele imaginava, veio em sua direção e lhe aplicou um abraço apertado. O perfume dos seus cabelos subiu até o nariz dele, junto com a recordação do passado, e um sorriso fugiu de seus lábios.
Todo tempo que havia ocorrido desde a ultima visita de Levi à casa de Julia havia sido extinto no abraço. Ele conseguia sentir o coração dela bater bem forte e a pulsação dos dois corações se confundiam.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Levi

Levi era apaixonado por Gabi. Seu amor de escola. Sua companheira de sonhos e planos. Levi teve que se mudar, afinal não vivemos apenas nossas expectativas, estamos em teias de relações e somos mais dependentes do que queremos.
Gabi ficou, Levi se foi.
Levi conheceu Julia e logo ficaram amigos. Julia e Levi tinham uma sintonia, eram cúmplices, dividiam planos e expectativas. Julia não era Gabi, mas fazia com que ele se sentisse bem, Levi não estava completo, mas também não estava só.

Tudo aconteceu muito rápido.
Julia estava sempre ali, era ao lado dela que ele dava risada. Era no ouvido dela que despejava queixas e foi com ela que ele começou a sonhar e isso era estranho. Na verdade, tudo era meio estranho com eles. Como disse Humberto Gessinger, "seria mais fácil fazer tudo como todo mundo faz. [...] Mas nós dançamos no silêncio, choramos no carnaval. Não vemos graça nas gracinhas da TV, morremos de rir no horário eleitoral. [...]". Eles realmente estavam em outra frequência, e isso começou a deixá-lo assustado.
Um belo dia, ele recebe um email de Gabi, ela viria visitá-lo. Ele correu pra dividir isso com alguém. Com Julia. Ao chegar correndo, foi despejando informação para ela. Assustada, ela recebeu tudo em silêncio.
O dia continuou como era de costume.
Passaram o dia ouvindo sua trilha sonora, deitados no chão da casa da moça: Engenheiros do Hawaii, Los Hermanos, Nando Reis... Em um dos momentos de gracinhas, onde Levi sempre arrumava uma forma de implicar com Julia eles se entreolharam e se beijaram. 

Levi saiu correndo. Ele sabia que não deveria ter feito aquilo. Ele amava Gabi e era só amigo de Julia. Ele repetia isso na cabeça, enquanto andava apressado pelas ruas até chegar em casa.
Gabi finalmente chegou.
Levi havia preparado todo um cronograma, para apresentá-la a tudo que agora fazia parte dele. Menos Julia, devido ao ultimo acontecimento, ela ficaria para outra visita. O dia foi feliz e romântico. Na hora de levá-la a rodoviária, com aquela tensão que toda despedida tem, ela puxou o diálogo:
- Levi, tenho que te contar uma coisa.
- Fala Gabi, tô te ouvindo.
Ele tentou beijar a testa dela, mas ele se esquivou. Ele ficou tenso e os cabelos da sua nunca arrepiaram.
- Levi, é que... eu conheci uma pessoa.
- Eu também conheci muitas pessoas Gabi. Levi desconversou, ele não tinha planejado esse diálogo para a rodoviária, só longos abraços de despedida.
- Não Levi, é sério. Eu conheci uma pessoa e eu tô com ele. Eu tô apaixonada por ele.
- Gabi... E a gente?
- Eu fiquei sozinha lá Levi, sozinha! Não tinha como aguentar! Eu sei que tinha que ter te dito logo mas...
Ele não ouviu mais nada. A cabeça dele girava. Ele se virou e deixou ela lá, falando desesperadamente. Ela não gritou nem chorou, ela só se calou, sentou e esperou seu ônibus, enquanto via seu amor de escola se afastar, andando de uma forma assustada.
Levi não ficou bem. Ele nem sabia mais o que pensar. E assim permaneceu, por longos dois meses que passaram-se como anos.
Em casa, no chão do quarto, ouvindo ACDC, Metallica, Pink Floyd, porque não conseguia ouvir nada mais leve, afinal, isso ele fazia com Julia...
Julia! Meu Deus, ele havia esquecido dela. Não sabia como se reaproximar... Resolveu se aproveitar de seu irmão, Samuel.
- Samuel, beleza?
- O que é que tu quer Levi?
- Qual é! Não posso mais conversar?
- Poder até pode, mas você não quer. Desde que a Gabi veio você tá na maior piração, só fala quando te perguntam algo...
- É eu sei... 
- Vocês terminaram? Você e a Gabi?
- Foi.
- Desculpa cara, mas é melhor assim. Eu te disse que namorar a distância era sem futuro. Por isso terminei com a Virgínia antes da gente se mudar... Mas me diz, o que é que você quer de mim?
- Conselho é que não é! Hum, você tem visto a Julia?
- Claro né, a gente estuda junto!
- Como ela tá? Desde antes da Gabi vir pra cá a gente não se fala... Já se passaram mais de dois meses que não sei dela.
- Ela tá bem cara, como sempre. Você sabe como é o jeito da Julia, muito independente, muito certa de si... Ela continua a mesma.
- Tô afim de falar com ela...
- Ah, pois vem comigo ao aniversário do Arnaldo, ela vai tá lá, toda galera da sala vai e você tá precisando mesmo sair do chão do teu quarto, tá parecendo um tapete!
- Cala a boca. Disse Levi, virando-se e saindo, com um sorriso no rosto.
No aniversário do Arnaldo, ele encontrou Julia e eles conversaram. Levi se desculpou pelo beijo dos meses atrás e contou o que aconteceu com Gabi.
Julia também tinha novidades. Ela estava de rolo com um cara da sala de Levi, o Mateus. Levi ficou sem jeito quando Mateus veio "roubá-la" para uma dança. Sentiu que ele também estava roubando sua amiga, sua companheira-tapete.
[...]

continua...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sorrisos e não ditos.

Em um daqueles momentos de despedida, onde as pessoas se despedem um milhão de vezes:

- Então tchau. Disse Julia, abraçando Samuel mais uma vez.
Samuel entra no carro e espera o irmão, entrar também. O que não acontece. Do lado de fora lá está ela, Julia, sem jeito de se aproximar de Levi, que fica em pé, ainda encostado no carro.
Samuel resolve dá aquela força, da janela do carro:
- Por que você não fala logo Levi?
- Falar o que? Levi retruca, com sua conhecida maneira de se defender das invasões alheias.
- O que você sente pra Julia. Por que você se faz de forte? Não tá vendo a cara de boba dela olhando teu sorriso?
Os dois se envergonham e olham cada um para os joelhos.
- Tchau. Brada Levi, entra no carro e sai. Com o sorriso no rosto.
Julia fica no portão, imaginando o que Levi teria a dizer e lembrando-se do sorriso dele, também com um sorriso no rosto.


domingo, 20 de novembro de 2011

Orgulho-me de mim.


10º dia. Algo que te orgulhes.

Não há nada que me faça ter mais orgulho do que eu mesma. Tava conversando com um amigo azul, disse a ele que eu tinha muito orgulho da pessoa que eu estava me transformando, nesse momento. 
Eu sou feliz sendo que sou. Eu gosto desse meu jeito. Me orgulho de mim mesma. Sou a única filha mulher do meu pai e a filha mais velha da minha mãe. Confusa. Sagitariana, que não crê em signos. Teimosa. A Assistente Social da família, que pensava que queria ser jornalista mas aprendeu que pode escrever mesmo fora do jornalismo. Não gosto de gente metida, que acha que é sua amiga, acredito que amizade se conquista. Gosto de ler livros, mas não tenho lido tantos esse ano. Sou uma pessoa complexa, mas não complexada. Dou muito valor ao ócio. Detesto Rotina. Falo muito. Falo rápido. Falo alto. Gosto de observar os outros, me apaixono pelo modo como as pessoas escolhem viver sua vida. Gosto de gente, mas não gosto de muita gente. Sempre acho que conheço as pessoas de algum lugar. Sou estranha. Gosto de música. Não gosto de forró, mas em fases tolerantes eu escuto. Eu gosto de pensar, gosto até de pensar em como o pensamento se forma... Gosto de estrangeiros, mesmo estaduais. Gosto do sotaque dos gaúchos e dos pernambucanos. Quero falar inglês e francês. Vou viajar pra fora do país quando me formar. Gosto de Los Hermanos, de Vanessa da Mata e de Nando Reis, nessa ordem, de uma forma especial. Eu vou casar. Eu vou morar só antes de casar. Eu sou sarcástica. Eu tento ser engraçada, de vez enquando. Eu tenho desmemória. Eu escravizo quem eu gosto. Eu choro olhando pro espelho. Eu falo sozinha. Eu sou chorona. Eu morro de saudade. Eu casaria com o Frejat ou com o Chris Martin. Eu sou sentimental. Eu gosto de séries de TV, que eu vejo na internet. Eu tenho a cara da antipatia. Eu demonstro meus sentimentos. Eu sou uma tolerante nem sempre tolerante. Eu acredito no lado bom das pessoas. Eu acredito nos movimentos sociais e na capacidade das pessoas mudarem o mundo através da conscientização. Não gosto de quem quer poder pra mandar. Tenho medo de amar. Preciso de tratamento psicológico. Tenho amigos virtuais que são de verdade. Eu sou desastrada e desorganizada. Odeio arrumar meu quarto. Eu tenho necessidade de viver apaixonada. Gosto de ler blogs que falam dos seus autores. Gosto de ler o que eu escrevo. Gosto do meu blog. Acredito que somos renováveis, estou em constante mudança e me dou ao direito de voltar atrás nas minhas convicções. Gosto de olhar o mar. Eu não sou muito legal. Sou Crítica, estudo pra isso. Enjoada. Observadora e distraída. Chata. Boba.

Algo que te irrita

9º dia. Algo que te irrita.

Acho que tão difícil quanto dizer algo que gosto é dizer o que me irrita. Porque eu sou muito irritável. Eu detesto que me acordem, isso pode estragar meu dia inteiro. Eu fico irritada quando alguém distorce o que eu falo; me irrito com gente sem senso crítico, que é senso comum demais; me irrito com quem fura fila; com internet que cai ou que é lerda; com o telefone que toca e ninguém atende; quando falo com uma pessoa e ela não presta atenção; quando o motorista não sinaliza que vai dobrar; quando ligo a TV para ver algo para relaxar, mas nos 200 canais pagos não tem nada de bom para assistir; com quem joga lixo no chão ou pela janela do veículo; com gente que não sabe fazer fila, já viu que no banco, pintaram as linhas no chão mas ninguém consegue seguir elas?; com pessoas que sentam nos assentos preferenciais nos ônibus e ignoram as pessoas que deveriam estar sentadas lá; me irrita ser convencional, ter que fazer algo só porque a sociedade quer; tirar maquiagem antes de dormir...

I am fail

8º dia. A situação mais embaraçosa que passaste.

Um amigo meu X-men, me ajudou a lembra de uma coisa: 
Uma vez, já no terceiro ano, reparávamos (lê-se Diego e Patricia) como o Paulo Filho tirava mal a barba. Então, em um belo dia, desses que a gente se escondia pra poder ficar um pouco mais no colégio, já que era nosso ultimo ano e ninguém precisa morrer de estudar pra passar no vestibular no terceiro ano, porque se pode tudo,  resolvemos fazer uma caridade e fazer uma barba descente no garoto. O Diego, judeu rico do grupo, levou a gilete nova e na época moderna. Eu, Amanda e Patrícia seriamos as fiscais e barbeadoras e o Paulo Filho, seria a cobaia. Foi tudo bem divertido. Fomos pro banheiro das meninas, e fizemos todo o processo na pia. Durante o ato, fazíamos comentários que inocentemente, poderia ser levado para o duplo sentido. Eu por exemplo, cansada, sentei na pia e soltei: "Droga Paulo Filho, tu fez eu melar minha calça". A Patricia, a craque em barbear mesmo não tendo barba partiu com violência para cima do Paulo Filho e ele disse: "Aí não, vai devagar". E nossas risadas preencheram todo o banheiro até que alguém, em sã consciência disse, "Quem não sabe o que estamos fazendo pensa que estamos fazendo uma suruba. Dois caras, três meninas, risos que não acabam mais, frases soltas e muitos cochichos.". Assim que saímos um dos funcionários encarregados da limpeza do colégio nos olhou envergonhado, como se realmente estivéssemos cometendo uma orgia. Foi bem embaraçoso encontrá-lo outras vezes nos corredores do colégio...


sábado, 19 de novembro de 2011

Malucos Beleza


Desde que o Paulo Filho viajou tenho esse post guardado. Eu acho que mais do que nunca eu senti falta dos meus malucos. Hoje eu resolvi retirá-lo da escuridão dos rascunhos e dá-lo o sopro da vida. #mepasseiagora.

Eu li uma reportagem na Trip chamada Muito amor pra dar e eu lembrei muito da gente. Tá, não somos uma amoreba, mas a gente se ama tanto! Eu pelo menos amo demais cada um deles e delas. Foram muitos anos construindo, conversando, até conseguir perceber como cada um se comporta ou como todos são passíveis à mudanças. Mas eu não estou aqui pra falar de cada um em especial, tô aqui pra falar do nosso grupo, do nosso amor. Desse nosso jeito de estar junto.


Nossa formação oficial aconteceu no 1º ano, lá no São Vicente, desde então, somos um só construído por vários. Existem os realistas, existem os idealistas. Há os engraçados, há os rabugentos. Há os saudosos e também os orgulhosos. Mais do que tudo, somos malucos! Malucos por amor.

E isso acontece por vários motivos, alguns deles: 1. Todo ser humano, na minha concepção, espera amor. É por amor que vivemos e sobrevivemos; 2. Porque o amor é o motor. É como disse Shakespeare: "Lutar pelo amor é bom..."

Hoje eu escrevo essas singelas palavras, com os olhos cheios d'água, pra demonstrar que não há sopros de vida suficientes que descrevam o amor. Principalmente este relacionados aos malucos! "O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição. Como são sábios aqueles que se entregam às loucuras do amor!" Joshua Cooke


Meus amigos, meus queridos amigos, saibam que eu amo cada um de vocês, de uma forma livre e possessiva, dotado de um carinho estranho e descontrolado. Quero-os por perto mas quero-os bem aonde estiveres. Repito: Nada que eu diga é suficiente nesse momento pra traduzir o grito do meu peito. Eu amo a cada um de vocês, de uma forma única e especial, do jeito que só eu sinto e que cada um já conseguiu compreender, a sua maneira. 


"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?" Fernando Pessoa




sexta-feira, 18 de novembro de 2011

older/new wishlist


Eu tenho sido tão irresponsável com essa lista tanto quanto com minhas obrigações. Que vergonha de mim! 

7º dia. A tua wishlist / lista de desejos.

Quando eu escrevi E se fosse realmente o ultimo dia? eu criei uma lista de desejos.  Claro que de Agosto pra cá, eu já inclui e exclui desejos. Na verdade, ela nem tem todos os meus desejos, mas é ela a base deste dia.

  • Brincar mais com o João Vitor e com a Sarah;

Eu tenho brincado, mas eles merecem mais do meu tempo...
  • Conversar mais com o Saulo;
Nós conversamos, brigamos, conversamos... Conviver é isso! Saulo é um irmão maravilhoso, queria ser tão boa pra ele, quanto ele é pra mim...
  • Conhecer mais os meus outros irmãos;
Eu tenho 5 irmãos que não moram comigo. Não é fácil conhecê-los, de verdade. Com o Rafael, nós nos aproximamos de uma forma muito boa e eu fico feliz, cada vez mais, de tê-lo como irmão. Espero que isso possa acontecer aos poucos com os outros meninos também.
  • Doar medula óssea;
Ainda não acharam uma compatível. Aguardo ansiosamente! *-*
  • Ter uma conversa séria com meu pai;
Acho que é uma das coisas mais desafiadoras dessa lista. Não sei o que eu sinto a respeito disso. Acho que tenho medo, mas acho necessário, não consigo planejar, mas sei alguns pontos que quero tratar...
  • Viajar à Recife;

Eu fui à Recife, eu adorei e quero ir novamente! Eu adorei a cidade, adorei Olinda e espero de verdade, ter a chance de gostar mais e mais! :D
  • Ser mais amiga de algumas pessoas que são bem legais virtualmente;
Amizade é uma afeição recíproca entre dois entes. (Priberam) Logo, não adianta eu desejar isso, se o outro não é tão legal assim ou até é, mas não quer essa coisa toda que eu quero. Se quiser, ótimo, construiremos juntos, se não, facebook tá aí minha gente. Por isso tirei da lista.
  • Escrever sobre o meu projeto de Relações de Sociabilidade Virtual;
Eu vou escrever, eu tô escrevendo, o tema é esse sim: A Sociabilidade da Juventude nas Redes Sociais da Internet.
  • Sentar com todas os meus amigos de núcleos diferentes e ver que eles têm muita coisa em comum além da minha amizade ou que eles não tem nada em comum e eu sou uma pessoa versátil;
Quarta eu faço 20 anos, vai que tenho a chance de fazer isso, né?!
  • Conversar sobre pensamentos, filosofar com pessoas diversas, tentando compreender a visão de cada uma delas;
Hoje eu tive uma conversa muito boa, com uma pessoa que eu não dava nada filosoficamente por ela. Cada vez mais eu me aproximo, me apaixono e reconheço a filosofia no meu dia-a-dia e isso é muito, muito legal! Eu sei que ainda sou muito limitada a certos pensamentos, mas por enquanto, estes têm me feito feliz e principalmente têm me deixado satisfeita com a pessoa que estou construindo dentro de mim.
  • Reconhecer as mudanças que adotei e fazer um novo teste de personalidade, pra saber quem eu sou agora e quem é a pessoa que eu estou construindo.
Testes de personalidades não são essenciais. Amigos são essenciais, eles ajudam a construir nossa personalidade. Também descarto esse desejo tolo.
  • Ter uma foto com cada pessoa que considero importante na minha vida.
Eu quero muito e não tá nem um pouco perto, rs. Deixe que o acaso se responsabilize por essa parte...

sábado, 12 de novembro de 2011

Tô com sintomas de saudade, tô pensando em você

Eu resolvi contar uma história fictícia, faz muito tempo que só escrevo realidades, então hoje, quis usar do imaginário pra contar fatos reais imaginados :) ...


Foi uma sexta difícil. Ela estava cansada de tudo dar errado. Havia acordado atrasada para o trabalho, não escutou uma palavra das que foram professadas pelo diretor, não se deu ao menos o trabalho de entregar o relatório da atividade que fiscalizou no dia anterior e nem corrigiu os erros que a revisão evidenciou no seu artigo para o jornal do dia seguinte. Ela estava cansada. Só conseguia lembrar da noite anterior.

Diferentemente das outras vezes, em que os atos apaixonados lhe tiravam o sono e lhe distraiam durante o dia, como estava acontecendo agora, e lhe deixava com um sorriso bobo, o que não chegava nem perto da cara que expressava no momento, ela não conseguia resistir ao seus pensamentos.

Na quinta, depois de uma reunião demorada, ela e a equipe haviam feito um projeto, que se conseguisse ser efetivado, seria a melhor forma de encerrar o trabalho árduo do ano. Contudo, a efetivação não foi do jeito esperado. Apesar de aprovado, o conselho colocou uma série de pré-requisitos para que, só assim, ele fosse realmente efetivado. Apesar de uma vitória não completa, a "derrota" dela foi outra.

Em um desses corredores, onde se respira ansiedade, argumentos, jogo de cintura e persuasão, ela teve que lidar com o pior deles: a saudade. Depois de vários meses, ela encontrou ele. Ele, que a fez perder o sono, que prometeu, sem proferir palavras, algo intenso, sem esteriótipo, sensível, sincero.

Ele também não tinha tido sorte na sala de reunião. Sua proposta foi totalmente adversa a esperada pelo conselho. Ainda assim, ele estava cheio de si, confiante na sua proposta e esperançoso. Ah, aqueles olhos esperançosos, que muitas vezes tiravam o sono dela... Cruzar com ele, ali, após uma quase vitória e depois da derrota dele foi um verdadeiro desastre.

Ela precisava dele, ele só queria estar ao lado dela. Abraçá-lo, confortá-lo, mimá-lo. Ao mesmo tempo que ele desejava pegá-la no colo, deitá-la no solo e fazê-la feliz. Mas não podiam. Pois maior que a vontade que um sentia do outro, era o medo que os dois alimentavam no coração.

"Eles se amam, todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossivel. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontram e que nada, nada seja por acaso."*

E assim, ela fica cheia de saudade, pois existe uma diferença entre sentir a falta e sentir saudade. Saudade é pra quem sente amor. Sentir falta é pra quem sente vazio. Só um buraco. Na verdade, ela também sentia medo de ter saudade, vai que ele só sentia falta dela...

* Parágrafo de autoria da Tati Bernardi

domingo, 6 de novembro de 2011

Meme


Hoje eu estou muito comunicativa. Estou morrendo de vontade de conversar com alguém, de escrever, de falar. Eu quero conversar! Mas, como em mais um domingo à noite, estou forever alone, então, antes de desistir e ir ler um texto de Política Social ou escrever meu projeto de pesquisa, aí vai mais uma tentativa minha de falar ao vento.


P.S: é um meme!

1) Onde está seu celular? Aqui do lado.
2) E o namorado? Faz mais de 3 anos que não tenho.
3) Cor do cabelo? Castanho Escuro.
4) O que mais gosta de fazer? Conversar e dar risada.
5) O que você sonhou na noite passada? Não lembro :/
6) Onde você está? Na sala de casa.
7) Onde você gostaria de estar agora? Em qualquer lugar dessa Fortaleza agitada.
8) Onde você gostaria de estar em seis anos? Na minha casa, me arrumando pra sair. :)
9) Onde você estava há seis anos? Deveria estar na Igreja...
10) Onde você estava na noite passada? Estava curtindo uma noite que era pra ser morgada com o Daniel e com o Mateus.
11) O que você não é? Organizada
12) O que você é? Indecisa.
13) Objeto do desejo? Um celular novo.
14) O que vai comprar hoje? Nada, a não ser que alguém passe pra me tirar de casa, aí é de se pensar...
15) Qual sua última compra? Pizza, cerveja e coca-cola.
16) A última coisa que você fez? Li textos antigos meus.
17) O que você está usando? Camisa listrada e short jeans.
19) Seu cachorro? Não tenho.
20) Seu computador? Tá aqui, rsrs. Ele é meu e é o bastante.
21) Seu humor? Politicamente Incorreto.
22) Com saudades de alguém? Do Paulo Filho, da Amanda...
23) Seu carro? Eu não tenho e acho que vou demorar a ter.
24) Perfume que está usando? Má Chérie, da O Boticário.
25) Última coisa que comeu? Pipoca.
26) Fome de quê? De lasanha?
27) Preguiça de… ? Escrever trabalhos acadêmicos.
28) Próxima coisa que pretende comprar? Não tenho nenhuma pretensão :X.
29) Seu verão? Sei lá, é tão difícil saber quando é verão e inverno aqui.
30) Ama alguém? Lógico, o que seria da vida sem amor?
31) Quando foi a última vez que deu uma gargalhada? Hoje à tarde, com a Jéssica, a Nara, a Bruna, a Lua e a Priscyla.
32) Quando chorou pela última vez? Ontem á tarde, enquanto assistia à palestra do Lenilton, no ECC, foi um choro feliz. :)

Terceiro, quarto, quinto e sexto.

3º dia. Os teus hobbies. 

Segundo o dicionário, hobby é o passatempo favorito que serve de derivativo às ocupações habituais.
Quando eu não estou fazendo algo rotineiro eu estou com os meus irmãos. 


Acho que é a única coisa que faço que não é hábito diário... O que merece uma reflexão, afinal, é uma das coisas que me propus a fazer na minha lista de até o ultimo dia.


4º dia. Os teus vícios/hábitos. 

Como existem 4 tipos de definição para vício, meus vícios serão classificados de acordo com cada uma delas. Haja cura para os vícios cotidianos...
vício (latim vitium, -ii)
s. m. 
1. Defeito ou imperfeição.
 Meu maior defeito é ser indecisa, eu acho. rsrs Eu não sou boa para definir, escolher, tomar decisão. Não quando se trata de algo realmente importante. Eu penso demais, minha cabeça projeta um milhão de coisas e eu fico na dúvida. Acho que é isso. Mas o Glaydson disse que eu fico raiva facilmente, a Marianinha disse que eu me esqueço dos meus amigos, o Renato disse que eu não dou o braço a torcer quando se trata das minhas decisões, a Livinha disse que eu sou antipática com quem eu não conheço e o Dudu disse que eu sou chata, ciumenta, medrosa, indecisa e contraditória, é ele pode falar isso.
2. Prática frequente de ato considerado pecaminoso.
Meu Deus, isso não é confessionário! :O Sei lá, eu acho que tenho preguiça demais, a todo o momento. 
3. Hábito inveterado. = MANIA
Eu tenho mania de imaginar. Eu estou pensando uma coisa e faço ligações com situações irreais. Normalmente eu imagino a mesma coisa acontecendo daqui a cinco anos, é uma loucura, como diria o Luciano Huck. 
4. Dependência do consumo de uma substância (ex.: vício do álcool).
Eu sou viciada em chocolate. Sim, eu não deixo de comer por nada, nem por dor de barriga. :P

Quando se trata dos meus hábitos, acho que há uma rotina muito clara na minha vida. Eu vou à UECE, quando não estou lá, estou no EJC, quando não, estou no facebook, simples e infeliz assim, rotina é uma merda.


5º dia. Os teus ídolos.

os melhores heróis são os que vêm com defeito. :)


 6º dia. Teu talento.

O Adriano disse que meu talento é a persuasão, Dudu disse que sou boa ouvinte e a Livinha disse que eu sei falar coisas bonitas e reconfortantes e sei escrever. E eu, concordo com a Lívia, na parte que ela diz que eu sei escrever, rsrs >.<
Eu realmente gosto de escrever e acho que se eu sei fazer algo que preste, é isso, às vezes. :)

sábado, 5 de novembro de 2011

Segundo dia. :B

2º dia. Os teus gostos.


Eu acho que já contei aqui da minha péssima capacidade de cumprir as listas que elaboro, com essa não foi diferente; Segue abaixo um "breve" texto sobre meus gostos.

Eu pensei, pensei, pensei e percebi que assim como o Renato Russo, "acho que não sei quem sou só sei do que não gosto". Ô coisa difícil é descobrir do que eu gosto. Talvez porque vejo como algo natural e "não consigo perceber" como algo importante, o que é bem errado.

Bom, pra responder o que gosto eu precisei de duas etapas. Primeiro perguntei aos meus amigos que estavam online sobre coisas que gosto, exatamente essas coisas óbvias que eu não consegui lembrar-me de imediato. Ajudaram-me a recordar os seguintes companheiros: Natália SUA LINDA Nobre, Robs, Play, DébiraLuiza Lulu Veneno Lima e meu irmão, Rafael Cavalcante. Algumas respostas foram unanimes, por isso não irei especificar o autor de cada uma delas, como fiz no post Quem sou eu?

Eles disseram que eu gosto de vestidos, de chocolates, dos Los Hermanos, de internet, do CQC, do facebook, de livros, de filmes e de músicas. Disseram ainda que gosto de coisas um tanto quanto românticas, que gosto de decidir, gosto de aventura, de estar certa e de brigar. Segundo eles, gosto de dar opinião, de receber elogios, de estar com minha família, já que eles são um ponto forte pra mim. Conseguiram perceber que eu gosto de rever amigos que não vejo há certo tempo e gosto de sair com meus amigos. Um deles ainda conseguiu lembrar, no meio de tantas características, que gosto de homens morenos e tatuados. É, meus amigos são foda.

A segunda etapa consiste em olhar no blog e catalogar as coisas que eu já disse que gosto. Através do mecanismo de busca, consegui lembrar muita coisa: Gosto de dizer que amo as pessoas que têm meu amor, assim como gosto de dizer o que sinto, por mais que isso seja, muitas vezes, difícil. Eu gosto de ser "a pessoa mais inconstante e previsível" que meu amigo Paulo Wolverine Filho conhece, eu gosto do Rafael Cortez, do Edward no livro Crepúsculo, do Jacob na saga Crepúsculo e do Sartre (tipo, tudo relacionado, rsrs ¬¬) eu gosto de quem não vai gostar de mim, #foreveralone, eu gosto de me apaixonar e eu gosto de ser escutada. Gosto dos meus posts que falam de situações diárias, eu gosto de escrever sobre os meus amigos, EU GOSTO DE ESCREVER! Gosto dos dias simples, eu gosto de dormir, eu gosto de lembranças, gosto de ter duvidas, inquietudes e incertezas, eu gosto que as pessoas tentem me entender, eu gosto de ser a cara do abuso, gosto de gente,  gosto de cultura,  de show, de filosofia, de stand-up. Eu gosto de ganhar, de rir de mim mesma, de ter um senso crítico. Gosto de pessoas de "atitude" que fazem com que eu reflita sobre as minhas, gosto que as pessoas leiam o que eu escrevo, gosto de sinceridade, de subjetividade, de inventar.


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Desafio dos 30 dias



No mês de novembro eu me auto-desafiei e resolvi fazer o desafio dos 30 dias, que consiste em escrever sobre algo determinado no decorrer do mês.
Vou está fazendo isso aqui e no facebook.
Segue abaixo o roteiro do desafio e a tarefa do primeiro dia.


Desafio dos 30 dias Blog

1º dia. Descrição de ti próprio.
2º dia. Os teus gostos.
3º dia. Os teus hobbies.
4º dia. Os teus vícios/hábitos.
5º dia. Os teus ídolos.
6º dia. O teu talento.
7º dia. A tua wishlist / lista de desejos.
8º dia. A situação mais embaraçosa que passaste.
9º dia. Algo que te irrita.
10º dia. Algo que te orgulhes.
11º dia. Algo que gostavas de saber/aprender.
12º dia. Algo que te deixe sem palavras.
13º dia. Algo sem o qual não consegues viver.
14º dia. Um local que te transmita paz de espírito.
15º dia. Uma fotografia/imagem que signifique algo para ti.
16º dia. Uma descoberta científica ou histórica.
17º dia. Uma citação que gostes.
18º dia. Um site que visites regularmente e outro que tenhas perdido o interesse.
19º dia. Uma coleção que faças ou gostarias de fazer.
20º dia. Uma paixão secreta.
21º dia. Um texto que tenhas escrito a algum tempo.
22º dia. Uma memória que te tenha marcado.
23º dia. Uma carta escrita por ti, para um destinatário á escolha.
24º dia. Uma experiência que tenha mudado a tua vida.
25º dia. Um sonho ainda por concretizar.
26º dia. O melhor dia da tua vida e porquê.
27º dia. O pior dia da tua vida e porquê.
28º dia. O que valorizas mais num blog e indicar um dos seus blogs favoritos.
29º dia. O que te faz feliz.
30º dia. O balanço do desafio.



Primeiro dia: Descrição de ti próprio. 
Eu não sou muito fã de se descrever não, como disse Oscar Wlide, "definir-se é limitar-se". E eu não sei a melhor maneira de dizer isso, que não seja com palavra dos outros. Tem a Clarice Lispector, que disse: "Me definir é muito difícil. Às vezes pareço comum, às vezes singular. Sou bem assim: metamorfose ambulante. Adolescente em crise. Crises. De tudo o que você imaginar. O que mais valorizo no mundo? Amigos. Os melhor sentimento? Felicidade. O melhor verbo? Amar. Conheço uma parte de uma frase, não sei o autor, mas ela define bem quem sou: viver é tentar ser feliz. É o que faço: vivo. E sim, me considero uma pessoa feliz, apesar de tudo. Depois de uma queda? Levanto e sigo em frente. Já desisti de contar os mil e um foras que dou. Vivo em busca de muitas coisa, mas já possuo a principal delas: a alegria. Uma companhia? Livros. Algo que te alegra? De novo os preciosíssimos amigos. Bom, termino as ridicularidades desta minha descrição breguíssima com uma pergunta minha, e uma resposta fantástica, que se encaixa perfeitamente no meu caso. Quem sou eu? 'Eu sou uma pergunta'."

Mas ainda acredito que a melhor descrição minha, nos últimos dias é a música Infinito Particular, da Marisa Monte:


Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ser diferente é normal.


Não, este não é um post de inclusão social.
É defesa de um ponto de vista que tenho.

Bom, hoje li na internet os seguintes dizeres:
Mulher de Sagitário
Se você chegar com um "Essa blusa tá feia?" Ela vai responder simplesmente que "Sim". É muito capaz que quando você pergunte se ela te ama ela venha com um "Amo! Mas às vezes eu penso também se não seria melhor se fossemos amigos...". Elas são tão sinceras que uma hora você vai desejar que elas mentissem. Mas não se acanhe. Quando elas fazem um elogio ou algo do tipo, é mais especial do que o normal porque você sabe que ela está dizendo a verdade. É que ela enxerga o mundo tal como ele é, ainda que por trás das lentes cor-de-rosa. É de se admirar como as sagitarianas conseguem enxergar toda a dureza do mundo e ainda assim acreditar que tudo vai melhorar. Otimistas convictas!
Mas quem avisa amigo é: nunca mande elas fazerem alguma coisa. Peça!! Até a mãe dela tem dificuldade em mandar nessa mulher. Quem é você pra ser mais que a mãe dela né? Mas de vez em quando as sagitarianas gostam de fazer seus testes com as pessoas. Podem vir pra cima de você com algum deles e a pessoa terá que demonstrar que é firme no que diz. Eventualmente a língua das nativas de sagitário acaba se tornando sarcásticas demais e ai é preciso ter mão firme e dar uma de Tarzan.
Ela sente de acordo com a forma que age e pensa do jeito que fala. Sua maneira de ser e dizer acabam provocando mal-entendidos ao longo de sua vida, bagunçando seus sentimentos. Mas é muito provável que ninguém vá saber o que se passa com ela e todos acham que tudo está muito bem. Ela não vai falar mais sobre o assunto que a entristece até porque ela odeia ir até o âmago de qualquer questão que seja. Às vezes é tarde demais para contornar uma situação.
No fundo as sagitarianas são aquelas crianças que acreditam em tudo. Tem uma forma ingênua de ver o mundo o que pode acabar tornando-as presas fáceis para os conquistadores de plantão. Seu cérebro certamente é ágil e lógico. Mas ele não tem qualquer ligação com o seu coração que é tão indefeso quanto sua mente é inviolável.
AH! E sabe aquelas meninas que vem chegando lindas e esplêndidas toda trabalhada na câmera lenta e ai tropeça estabacada no chão? Pronto são elas. rsrs Até assim elas são encantadoras. O seu lado desastrado acaba se transformando uma espécie de espontaneidade avançada.
Mas no fim das contas a realidade é que elas têm profundas desconfianças de relacionamentos. Essa desconfiança, no entanto, não impede que ela seja do tipo que chora em filmes ou guarda todos os bilhetes que você já enviou pra ela. As mulheres de sagitário só precisam que você as deixe viver por si próprias, sem se sentir aprisionada. Em troca ela lhe ofecerá todo o seu amor sincero e idealista. Secretamente ela esconde o fato de que esteve esperando por você: alguém com um belo sonho que pegou em sua mão para guiá-la até as estrelas.

Vamos começar por aqui. Eu sou de sagitário, mas eu não acredito em signos, acho a vida complexa demais pra ser influenciada pelo movimento dos planetas. Tá certo que às vezes eu me reconheço em algumas coisas e são essas coisas que me fazem ler essas coisas. Eu não acho que lendo ou seguindo dicas astrológicas eu possa fazer minha vida melhorar, talvez por isso não tenha melhorado, mas eu leio pra rir das características que todas as pessoas podem ter, independente do mês em que nasceram, das pessoas que se justificam por causa dos seus signos e de quem ainda acredita em receita pra ser feliz.

Nesse texto acima, eu encontrei algumas coisas que podem fazer lembrar-se de mim:
"Quando elas fazem um elogio ou algo do tipo, é mais especial do que o normal porque você sabe que ela está dizendo a verdade." - claro que eu vou tá dizendo a verdade, vou elogiar alguém (de mentira) de graça pra quê? Vou dizer "oi como você tá linda com essa roupa", se a pessoa não tá e vou ter que olhá-la feia outras vezes? Claro que não. Isso não é sinceridade sagitariana, isso é ser inteligente.
"É de se admirar como as sagitarianas conseguem enxergar toda a dureza do mundo e ainda assim acreditar que tudo vai melhorar. Otimistas convictas!" - precisa ser sagitariana pra acreditar nisso? O resto do mundo que não nasceu entre 22 de novembro e 21 de dezembro não tem nenhuma expectativa de melhora? Putaquepariu sociedade, tsc, tsc, tsc.

"Ela sente de acordo com a forma que age e pensa do jeito que fala. Sua maneira de ser e dizer acabam provocando mal-entendidos ao longo de sua vida, bagunçando seus sentimentos." - Tudo isso é culpa de um período? Então me diz quem foi o son of a bitch que escolheu o meu pra ser assim, vou rogar praga e-ter-na-men-te!
"Mas no fim das contas a realidade é que elas têm profundas desconfianças de relacionamentos. Essa desconfiança, no entanto, não impede que ela seja do tipo que chora em filmes ou guarda todos os bilhetes que você já enviou pra ela." - Tá ok, eu me rendo. Eu tenho desconfianças sim em relacionamentos, principalmente sobre minha pessoa. Isso não é um signo, é um carma minha gente!
"As mulheres de sagitário só precisam que você as deixe viver por si próprias, sem se sentir aprisionada. Em troca ela lhe ofecerá todo o seu amor sincero e idealista." - Sim, eu preciso, não gosto de estar sufocada, presa ou aparentemente domada. Não acredito em limitar, gosto de subjetividade e conheço muitos sagitarianos que não são metade da pessoa que eu acredito ser. 

E sim, eu posso estar parecendo cheia de si, mas como eu posso concordar com essa baboseira se as pessoas têm experiências diferentes? É isso que tornam elas idênticas e distintas, e não o mês do ano que elas nasceram; a situação ambientar completamente diferentes; ensinamentos éticos completamente variados e;  principalmente, com sua historicidade e complexidade construída por meio das suas relações. Se o mês do ano define sua personalidade  parabéns, você é alienado e provavelmente, infeliz.

E é aí que vem o segredo, não há receita pra ser feliz! Você pode passar anos lendo o horóscopo todo dia, ou lendo livros do tipo: "Como conquistar o gato dos seus sonhos", mas nada disso vai te fazer feliz, porque felicidade se constrói. E estou começando a acreditar que felicidade é construída todo dia, assim como dizem do casamento, que o cara tem que conquistar a esposa todos os dias, assim também é a felicidade, onde temos que conquistá-la sempre e principalmente, ou melhor, de forma plena, coletivamente.

Fazer feliz te faz feliz e é exatamente quando fugimos da normalidade, do que é convencional, das dicas para iguais para os problemas iguais de pessoas diferentes é que alcançamos o nosso objetivo, muitas vezes, de forma despercebida. 

Hoje eu quero ser feliz, pela pessoa que eu sou, pelas pessoas que eu amo, pelo que acredito e principalmente porque eu acredito, assim como os sagitarianos, que não posso ser definida, nem limitada, porque apesar da minha historicidade é minha dialeticidade e a minha teleologia é que vai dizer quem eu sou.

P.S: Se você não entendeu porra nenhuma do meu ultimo parágrafo vá ler Lukács ;)

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